Resumo

Considerando o ritmo crescente das mudanças que estão acontecendo no ambiente dos negócios, a nova era da sociedade do conhecimento está modificando como as organizações e indivíduos, vivem, trabalham e se relacionam uns com os outros. Nessas transformações se percebem influencias tecnológicas e os conceitos que estão presentes e vieram para ficar – como a inteligência artificial, internet das coisas, plataformas digitais, sistemas inteligentes, dentre tantas outros que estão atuando e afetando a vida na sociedade.

Refletir sobre as Instituições de Educação Superior nesse cenário, faz-se necessário estudar a inteligência organizacional, acerca de suas características, e evolução dos modelos. Assim, com base nos referenciais teóricos utilizados, emerge a pergunta que norteia a pesquisa: Quais são os elementos necessários para avaliação da inteligência organizacional nas IES? O objetivo deste trabalho consiste em desenvolver um instrumento para avaliação da IO que possibilitem identificar os modelos e dimensionar as variáveis relacionados para identificação das características de IO.

Diferentes abordagens têm sido dedicadas ao desenvolvimento da IO que procuram explicar sua origem, características, conceitos e evolução dos modelos. Foram identificados vários movimentos que marcaram a revolução do pensamento gerencial, desde a escola científica, estudos de Peter Drucker, até chegar na vez da estratégia e da inteligência organizacional (Rezende, 2015). Assim, a IO é compreendida como uma capacidade para aprender de forma eficiente e eficaz, mediante a utilização da coleta de dados de várias fontes de informações para apoiar nas decisões. (Bazrkar & Hajimohammadi, 2021)

No campo de estudo aplicado foram nas instituições de Ensino Superior, cujos métodos adotados foram o quantitativo e qualitativo, que está relacionado a execução de três etapas: a primeira tem a ver com a Revisão Bibliográfica, baseada no nível conceitual e seleção dos modelos de inteligência organizacional; a segunda, a Validação da construção do instrumento de pesquisa, na qual foram consultados especialistas que informaram a respeito da representatividade e clareza de cada item elaborado relacionada aos modelos do tema. A terceira, compreendeu a parte operacional para Avaliar a IO.

O instrumento foi composto de 51 questões e uma amostra e uma amostra não probabilística n=53 respondentes. Para a interpretação dos dados utilizou-se a análise fatorial e confirmatória. O instrumento desenvolvido foi agrupado em 25 itens de escala que resultou em três fatores e que avaliam a Inteligência Organizacional. Determinados fatores estão relacionados com as cargas fatoriais das seguintes dimensões: Fator1 - Modelo de Aprendizagem Organizacional. O (Fator 2) vinculado aos elementos da Comunicação Organizacional e o (Fator 3) agrupou variáveis do Compartilhamento do Conhecimento.

Do ponto de vista do instrumento, o questionário de inteligência organizacional, composto de 51 itens distribuídos em 17 dimensões relacionados aos modelos de Senge (1990), Matsuda (1992) e Albrecht (2003), apresentaram bons elementos que caracterizam a IO e no que diz respeito a sua validade do instrumento, testado através das análises fatorial exploratória e confirmatória, de tal modo que se pode considerar como satisfatório o coeficiente de precisão maior ou igual a 0,70. As dimensões que integram os três fatores são: ‘Aprendizagem Sistêmica’, ‘Comunicação Organizacional’ e 'Conhecimento'

Lozano Oviedo, J. (2021). Propuesta metodológica para evaluar la inteligencia organizacional. Criterio Libre, 19(35), 212–230. https://doi.org/10.18041/1900-0642/criteriolibre.2021 Matsuda, T. (1992) Enhancing Organizational througt effective information systems management. The EDP. Auditor Journal, (4), 17-42. https://doi.org/10.1016/0305-0483(88)90059-X Rezende, D. A. (2015). Inteligência organizacional como modelo de gestão em organizações públicas e privadas. São Paulo: Atlas. Senge, P.M. (2013) A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. São Paulo: Best Seller.