Resumo

Título do Artigo

Influências das visões de sustentabilidade de stakeholders na construção de sensemaking de gestores em estratégias organizacionais
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Palavras Chave

sensemaking
sustentabilidade
stakeholders

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Abordagens sociais, cognitivas e comportamentais em Estratégia

Autores

Nome
1 - PAULO FERNANDO CHMIK
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - PPGADM
2 - ANDREW VINICIUS DE FREITAS GIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Sociais Aplicadas

Reumo

Acontecimentos recentes demonstram o quanto a globalização impacta a criação de sentido até mesmo de pessoas do outro lado do mundo. Assim também ocorre com as percepções que norteiam as organizações. Dinâmicas, adequam-se às necessidades vivenciadas em determinados momentos históricos. Alguns estudos, têm visado entender o sensemaking, ainda que de uma natureza exclusivamente funcionalista, como envolvendo grupos de interesse da empresa: os stakeholders. Atualmente, diversos desafios sociais e ambientais incitaram debates sobre sustentabilidade na esfera organizacional (GOVENDER;SMITH, 2022)
como a influência das visões de stakeholders de uma organização acerca do tema de sustentabilidade empresarial pode alterar a sua forma de fazer estratégia, quebrando sentidos e criando outros advindos destes agentes? Este trabalho busca compreender os impactos desta criação de sentido afetada pelos stakeholders na estratégia empresarial, visualizando aspectos tais como: cultura, quadro de pessoal, práticas e processos de tomada de decisão.
O conceito de sensemaking se integra ao conceito das interpretações e significações que se dão ao mundo e ao que está nele presente (WEICK, 1995). No sensemaking as pessoas se esforçam para entender eventos que são novos ou ambíguos (MAITLIS & CHRISTIANSON, 2014). Prado et al. (2012) mencionam que os stakeholders são grupos com demandas legítimas sobre a empresa, ratificada por meio de uma relação de troca. Como o todo interfere na parte, problemas sociais e degradação do meio ambiente passaram a representar, a problemas para um crescimento econômico adequado (MUNASINGHE, 2007)
Para Diouf & Boiral (2017), é importante que existam informações acessíveis que facilitem o processo decisório, tais como relatórios de sustentabilidade de stakeholders. De acordo com Winnard et al. (2018), as decisões de sustentabilidade organizacional tendem a vir do nível estratégico para o operacional, e estão ligadas a maior sucesso de longo prazo organizacional. Zedan & Miller (2018) consideram o “poder” de cada parte interessada faz a diferença neste contexto, influenciando de forma enfática as decisões de sustentabilidade. Schad et al. (2018) paradoxo de interesses entre stakeholders.
Foram identificados como principais achados de pesquisa: (a) incertezas no contexto do planejamento estratégico, ressaltando cada vez mais uma tendência a estratégias emergentes (WINNARD et al., 2018); (b) a cognição de gestores atrelada à formação de sensemaking empresarial (DIOUF & BOIRAL, 2017; AUGER et al., 2021; MENON, 2022); (c) a influência de gestores na relação com stakeholders internos e externos, assim como os paradoxos encontrados na tomada de decisão (SCHAD et al., 2019; MENON, 2022; ZEDAN & MILLER, 2018); (d) tomada de decisão estratégica relacionada à sustentabilidade.
WEICK, K. E. Sensemaking in organizations. Thousand Oaks: Sage Publications, 1995. GOVENDER, S.; SMIT, A. T. Sensemaking and corporate social responsibility: Implications for stakeholder communication amid the COVID-19 pandemic. South African Journal of Business Management, v. 53, n. 1, p. 9, 2022. WINNARD, J.; LEE, J.; SKIPP, D. Putting resilient sustainability into strategy decisions–case studies. Management Decision, v. 56, n. 7, p. 1598-1612, 2018. SCHAD, J.et al. Quo vadis, paradox? Centripetal and centrifugal forces in theory development. Strategic Organization, v. 17, n. 1, p. 107-119,