Resumo

Título do Artigo

RUMO À ECONOMIA CIRCULAR: análise do atual estágio do processo de transição
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Palavras Chave

Economia Circular
Transição
Institucionalização

Área

Operações

Tema

Economia Circular

Autores

Nome
1 - Bárbara de Oliveira Vieira
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Programa de Pós-Graduação em Administração
2 - Patricia Guarnieri
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Departamento de Administração - FACE

Reumo

Estima-se que até 2030 haverá 3 bilhões de novos consumidores, o que impactará ainda mais a demanda por recursos, água, energia e infraestrutura (EMAF - Ellen MacArthur Foundation, 2013). Sendo assim, surge um outro modelo em contraposição à economia linear, a Economia Circular (take-make-return) , que é reconhecido como é um meio de equilibrar a balança entre o fornecimento e a demanda por esses recursos naturais (EMAF, 2015). De acordo com o Fórum Econômico Mundial (2020), no ano de 2020, apenas 9% da economia global adotava um modelo de economia circular.
A transição para um novo modelo econômico não é um processo rápido e direto. Além disso, esse é um tópico que abrange diferentes áreas do conhecimento: Block Chain, inteligência artificial, digitalização, moda circular, desconstrução, entre outros. Assim, saber como quais são os métodos, os focos dos estudos que envolvem Administração ajudarão os demais pesquisadora. O artigo objetiva analisar o estágio das publicações sobre a transição para uma Economia Circular (EC), por meio do exame das suas áreas de estudos, das amostras, dos instrumentos e dos métodos aplicados
Economia Circular é uma economia construída com base em uma sociedade com um sistema de produção-consumo que maximiza o serviço produzido a partir do fluxo linear natureza-sociedade-natureza de material e de energia, limitado esse fluxo a um nível de produção tolerável pela natureza (Korhonen et al., 2018). Cremer (2022) identificou que os países que estão mais a frente nessa transição apresentam uma liderança governamental mais forte – nas questões de EC. A transição pode ser catalisada utilizando-se os aspectos da governança de um país e envolvendo-se os atores mais relevantes.
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizado o protocolo de InOrdinatio por Pagani, Kovaleski e Resende (2015) em quatro bases de dados, resultando em 16 artigos analisados. A característica distintiva do protocolo é sua métrica. Para realizar a classificação das publicações, três métricas são ponderadas: ano de publicação, fator de impacto do periódico e número de citações.
Os principais resultados identificados foram que os estudos estão mais voltados para a análise da transição no nível micro, sendo identificados mais os mecanismos de isomorfismo mimético e coercitivo. Identificou-se uma rede de estudos de EC entre as universidades de diferentes países
Complementando a análise, usamos a Teoria Institucional para analisar os mecanismos de isomorfismo que pudemos identificar em cada estudo. Como resultado, identificamos que os estudos estão mais focados na análise da transição em nível micro (consumidor, empresa, produto), com mais mecanismos de isomorfismo mimético e coercitivo sendo identificados. Foi identificada uma rede de estudos de EC entre universidades de diferentes países
Kirchherr, J., Reike, D., & Hekkert, M.(2017). Conceptualizing the circular economy: An analysis of 114 definitions. Resources, Conservation and Recycling, 127, 221–232. Korhonen, J., Honkasalo, A., & Seppälä, J. (2018). Circular Economy: The Concept and its Limitations. Ecological Economics, 143, 37–46. DiMaggio, P., & Powell, W.(1983). The Iron Cage Revisited: Institutional Isomorphism in Organizational Fields. American Sociological Review, 48, 147–160. Cramer, J. (2022). Effective governance of circular economies: An international comparison. Journal of Cleaner Production, 343, 130874.