Resumo

Título do Artigo

CONSEQUENTES DO CYBERLOAFING SOCIAL SOB A VISÃO DOS DOCENTES DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR FEDERAIS
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Palavras Chave

Cyberloafing Social
Distanciamento Psicológico
Saúde Mental

Área

Tecnologia da Informação

Tema

Aspectos Comportamentais e Decisórios da TI

Autores

Nome
1 - Fernando Araújo Braz
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - Programa de Pós-Graduação em Administração
2 - Kathiane Benedetti Corso
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - UNIPAMPA (UNIPAMPA) - Santana do Livramento
3 - Eliete dos Reis Lehnhart
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Programa de Pós Graduação em Administração

Reumo

A tecnologia presente em todos ambientes de forma ubíqua (Weiser, 1999), impulsionada pela pandemia de COVID-19 levou a um aumento do trabalho remoto e híbrido. Nas universidades, aulas presenciais foram substituídas por remotas, causando sobrecarga aos docentes (Da Silva et al., 2020; Ortiz, 2020). Uma forma de lidar com a sobrecarga é o cyberloafing social através de micro pausas (Andreassen et al., 2014). Essas pausas atuam como estratégias de recuperação, distanciando psicologicamente do trabalho e beneficiando a saúde mental do trabalhador (Etzion, 1998; McDonald-Miszczak & Wister, 2005).
Considerando a problemática da sobrecarga que docentes sofreram durante a pandemia com uma demanda elevada pela aprendizagem de novas tecnologias (Da Silva et al., 2020), e os consequentes que resultaram da exposição abrupta às tecnologias digitais derivadas do período pandêmico (Barnes, 2020; Lim & Teo, 2022). O presente estudo busca avaliar o impacto do Cyberloafing Social no Distanciamento Psicológico e na Saúde Mental dos docentes de Instituições de Ensino Superior Federais.
Na concepção de Huma et al. (2017), o cyberloafing consiste no uso pessoal da internet em ambiente de trabalho, enquanto o cyberloafing social é definido por Andreassen et al. (2014) como aquele que é praticado nas redes sociais. Já o Distanciamento Psicológico, é o afastamento ou desligamento das demandas de trabalho como uma estratégia de recuperação de recursos físicos e mentais. E a Saúde Mental é o composto que abrange desde o bem-estar subjetivo à autoeficácia e autonomia (WHO, 2003).
O estudo se caracteriza como quantitativo descritivo, cuja a população é de docentes de Instituições de Ensino Superior Federais do Brasil. A coleta foi realizada através de uma survey online e o instrumento é composto pela escala de Cyberloafing Social (Andreassen et al., 2014), Distanciamento Psicológico (Sonentag & Fritz, 2007) e Saúde Mental (McDonald-Miszczak & Wister, 2005). No que tange as análises, foram realizadas estatísticas descritivas, analise fatorial exploratória, teste de diferença entre média (teste t e ANOVA) e regressão linear múltipla.
Após a realização do pré-teste com 16 respondentes, a coleta obteve 384 respostas. Na AFE, não houveram variáveis perdidas mantendo as escalas originais. Para o fator cyberloafing social, os indivíduos mais jovens apresentaram médias maiores que os mais velhos, assim como os solteiros comparados aos outros estados civis. Foram testados modelos para o Distanciamento Psicológico e a Saúde Mental, onde no primeiro um aumento no cyberloafing social leva a maior distanciamento e uma queda na saúde mental, e quanto mais jovens menor a saúde mental.
Foi possível verificar que os indivíduos quando realizam a prática do cyberloafing social conseguem se distanciar psicologicamente das demandas de trabalho, no entanto, esta pratica não leva a uma melhora na saúde mental. A média de percepção do cyberloafing social é maior nos indivíduos mais jovens, assim como os solteiros, quando comparados entre suas categorias. Os indivíduos mais jovens também possuem maior distanciamento psicológico que os mais velhos. Porém, a saúde mental acaba sendo mais baixa conforme a idade dos respondentes diminui.
Andreassen, C. S., Torsheim, T., & Pallesen, S. (2014). Use of online social network sites for personal purposes at work: does it impair self-reported performance?1. Comprehensive Psychology, 3(1), Article 18. Etzion, D., Eden, D., & Lapidot, Y. (1998). Relief from job stressors and burnout: Reserve service as a respite. Journal of Applied Psychology, 83(4), 577–585. McDonald-Miszczak, L., & Wister, A. V. (2005). Predicting Self-Care Behaviors Among Older Adults Coping With Arthritis. Journal of Aging and Health, 17(6), 836–857.