Resumo

Título do Artigo

GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO EM EMPRESAS SUSTENTÁVEIS: EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS DAS COMPANHIAS ABERTAS BRASILEIRAS
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Palavras Chave

capital de giro
sustentabilidade
companhias brasileiras

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Estratégias ESG e Sustentabilidade Corporativa

Autores

Nome
1 - Amanda Serafim Gomes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG) - Faculdade de Administração, Ciências Contabeis e Ciências Economicas
2 - Dermeval Martins Borges Junior
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO (PPGADM)

Reumo

Segundo o levantamento do SEBRAE (2014), cerca de 30% das empresas encerram suas atividades tendo como principal motivo a falta de capital de giro, decorrente do mau planejamento e ineficiência na gestão empresarial. Entende-se que empresas sustentáveis possuem maior controle de seus ativos e passivos, empregando, em tese, seus recursos de forma eficiente e estratégica. Portanto, conjectura-se que a gestão do capital de giro em empresas sustentáveis difere-se, em certa medida, das demais, motivo pelo qual esta pesquisa foi desenvolvida.
O presente pesquisa tem como objetivo examinar a gestão do capital de giro de companhias abertas brasileiras com boas práticas sustentáveis, a fim de identificar eventuais diferenças em relação às demais. Espera-se que esta pesquisa subsidie debates acerca do diferencial das empresas que possuem práticas sustentáveis no que tange à gestão de capital de giro.
A definição de sustentabilidade começou a ser disseminada em 1972, a partir da primeira Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada para resolver assuntos ambientais. A partir do documento, a sustentabilidade deixou de ser tida apenas como um caráter ambiental, passando também a ser desenvolvimentista e econômica, acompanhando o processo de capitalização e expansão econômica mundial no século XX (SELEME, 2022). O capital de giro compreende os recursos financeiros fundamentais para o funcionamento das atividades operacionais e financeiras das empresas (SILVA, 2020).
Foram utilizados dados secundários disponíveis nas bases de dados Economatica e da B3 no período de 2013 a 2022. Foram utilizadas nas análises diferentes medidas tradicionais para a gestão do capital de giro. As variáveis estimadas foram analisadas a partir da aplicação das medidas estatísticas descritivas médias, desvio padrão e erro padrão. A hipótese foi testada mediante o teste t de diferença de médias. Para fins de robustez, também foi empregado o teste não-paramétrico de Mann-Whitney.
Os resultados para as variáveis estudadas indicam que a gestão de capital de giro é diferente entre empresas do ISE e as demais firmas. Apenas o prazo médio de estocagem (PME) obteve diferenças na distribuição que não foram estatisticamente significativas no teste não paramétrico realizado, refutando os achados do teste t que havia indicado diferenças também na média dessa variável. Outro resultado diverso do esperado foi que as empresas do ISE apresentaram, em média, maior necessidade de capital de giro, o que pode ser explicado por alguma particularidade de um subgrupo da amostra.
No geral, os resultados permitiram concluir que empresas com boas práticas sustentáveis apresentam melhor gestão de capital de giro.
BENITES, L. L. L.; POLO, E. F. A sustentabilidade como ferramenta estratégica empresarial: governança corporativa e aplicação do Triple Bottom Line na Masisa. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, v. 6, p. 827-841, 2013. CALDA, R. A. S.; ZANOLLA, E.; MACHADO, L. S.; OLIVEIRA, L. C. S. Valor da liquidez: análise em empresas brasileiras ISE e não ISE. Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 8, n. 19, p. 1047-1060, 2021.