Resumo

Título do Artigo

OS DETERMINANTES DA SOBREVIVÊNCIA DE STARTUPS EM MERCADOS EMERGENTES
Abrir Arquivo
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Startup
Sobrevivência
Mercados Emergentes

Área

Finanças

Tema

Decisões de Investimento Empresarial

Autores

Nome
1 - Adriana Bruscato Bortoluzzo
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - São Paulo
2 - Andrea Maria Accioly Fonseca Minardi
Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa / Escola de Administração de Empresas - Fundação Getulio Var - Administração e Economia
3 - Rodrigo de Souza Deliberato
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - São Paulo

Reumo

A sobrevivência de empresas tem se tornado um tema relevante no âmbito da pesquisa científica, atraindo diversos pesquisadores que buscam identificar os determinantes de falha de startups (Laitinen, 2016). Quando se trata de startups, este tópico se torna ainda mais atrativo, principalmente para empreendedores e governos que almejam a criação de políticas públicas para fomentar o mercado em questão, dado o alto potencial de geração de empregos, crescimento econômico e, consequentemente, a elevação do nível de competividade de um país (Audretsch et al., 2006).
O objetivo do presente trabalho é analisar startups em mercados emergentes, desde o seu surgimento até a sua liquidação, e quais são os principais determinantes que contribuem positivamente ou negativamente para a sua sobrevivência. Foram analisados quatro grupos de variáveis: (i) características do time fundador, (ii) estágio do ciclo de vida, (iii) milestones atingidos e (iv) condição do ambiente econômico em que a startup se encontra, controlando-se pelo setor do negócio.
A sobrevivência de uma startup, definida por Parker (2009) como a probabilidade de uma organização continuar suas operações e não sair de sua indústria, é considerada um dos critérios de eficácia organizacional. Existem vários fatores que desempenham um papel importante no ciclo de vida das startups, que podem ser divididos em: características individuais do fundador; atributos e características estruturais da estratégia para o novo negócio; e as condições do ambiente em que a empresa está inserida. Dessa forma, um ambiente favorável pode contribuir positivamente com o sucesso das startups.
Para entender quais características aumentam a probabilidade de sucesso de startups em mercados emergentes foram coletados dados da Crunchbase, entre 2010 e 2021, de 39.550 empresas presentes em 24 países. As variáveis utilizadas representam características do time fundador, estágio do ciclo de vida, milestones atingidos e condição do ambiente econômico em que a startup se encontra, controlando-se pelo setor do negócio. A metodologia utilizada foi o modelo hazard de regressão de Cox (Minardi et al., 2019) para determinar a taxa de sobrevivência de startups e os seus determinantes.
Os resultados indicaram que a experiência contribui com o sucesso e a quantidade de fundadores aumenta a falha. Quanto mais avançado o estágio do ciclo de vida, maior a probabilidade de sobrevivência. Número de funcionários aumenta a taxa de sobrevivência e maior gasto por funcionário aumenta a falha. A taxa média do empréstimo e o PIB possuem relação positiva com a sobrevivência e o investimento em P&D negativa. Os setores com maiores taxas de sobrevivência foram serviços de comunicação e industrial, e os com maiores taxas de falência foram bens de consumo e tecnologia de informação.
Os resultados encontrados não diferem substancialmente da literatura em termos dos fatores considerados estatisticamente significativos (Cressy, 2006): experiência prévia com empreendedorismo do time, estágio do ciclo de vida na rodada de capital, ter mais de uma marca e maior número de funcionários no momento da rodada aumentam a taxa de sobrevivência da startup. Custo de empréstimo e gastos do país com P&D também afetam a taxa de sobrevivência.
Audretsch, D. B., Keilbach, M. C., & Lehmann, E. E. (2006). Entrepreneurship and Economic Growth. Oxford: Oxford University Press Cressy, R. (2006). Why do most firms die young?. Small Business Economics. Laitinen, E. K. (2016). Financial failure of a startup: a simulation approach. International Journal of Management and Enterprise Development Minardi, A. M. A. F., Bortoluzzo, A. B., Rosatelli, P., & Ribeiro, P. F. (2019). Market conditions and the exit rate of private equity investments in an emerging economy. Brazilian Administration Review Parker, S. The economics of entrepreneurship