Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco
Autores
Nome
1 - Lisane Valdo Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) - Sao Paulo
2 - Fernanda Cahen Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo
Reumo
Esta pesquisa se concentra na internacionalização de empresas digitais, usando a definição de uma empresa que “depende da Internet para seus processos de produção, operação e entrega” (Monaghan et al., 2020). Argumenta-se que a digitalização facilita a internacionalização e muitas vezes possibilita o nascimento global, devido aos ativos mais leves e à facilidade com que a informação flui através das fronteiras (Parente et al., 2018; Zhou et al., 2007). Mais recentemente, no entanto, vários pesquisadores apontaram que nem todas as empresas digitais podem competir com sucesso no exterior.
Argumenta-se comumente que a digitalização facilita a internacionalização e muitas vezes possibilita o nascimento global, devido aos ativos mais leves e à facilidade com que a informação flui através das fronteiras (Parente et al., 2018; Zhou et al., 2007). Mais recentemente, no entanto, vários pesquisadores apontaram que nem todas as empresas digitais podem competir com sucesso no exterior, argumentando que as empresas digitais enfrentam custos e dificuldades nos contextos locais onde operam (Stallkamp e Schotter, 2021; Verbeke e Hutzschenreuter, 2021).
Grande parte da pesquisa inicial sobre essa questão sugeriu que, em comparação com as empresas que fornecem bens físicos, as empresas digitais provavelmente enfrentam menos atritos decorrentes de distâncias psíquicas e pode se internacionalizar mais rapidamente (COVIELLO; KANO; LIESCH, 2017; MAHNKE; VENZIN, 2003). No entanto, a literatura existente ainda precisa analisar sistematicamente quais custos e desafios específicos as empresas digitais encontram e as implicações para sua internacionalização, deixando lacunas críticas a serem exploradas.
Caracteriza-se para esse trabalho uma pesquisa de natureza qualitativa, com estudo de casos múltiplos. A escassez de teorias desenvolvidas justifica a natureza exploratória dessa pesquisa (EISENHARDT, 1989; YIN, 2005), que a partir de seis de estudos de casos aponta porque apesar de sua natureza escalável as INVs digitais ainda apresentam dificuldades para se internacionalizarem.
Os resultados dessa pesquisa sugerem que as dificuldades de internacionalização das INVs digitais estão relacionadas ao tipo de tecnologia usada pela empresa, ao mercado em que estão inseridas ou ao mercado para o qual irão se internacionalizar, ao tipo de cliente que possuem e o estágio de desenvolvimento do negócio em que se encontram. Apresentaremos a seguir essas relações, que foram classificadas como dificuldades de internacionalização internas e externas às empresas.
Observa-se também, em alguns casos, que as INVs digitais necessitam estabelecer atividades, com presença ou representantes locais.. Mesmo com produtos digitais, uma certa presença física ainda se faz necessária. Outras dificuldades de internacionalização estão ligadas à novas tecnologias e foram pouco exploradas pela literatura. Trata-se de desafios recentes relacionados ao pouco conhecimento sobre como as leis de proteção de dados irão lidar comas leis de proteção de dados irão lidar com novas tecnologias, principalmente a IA (Inteligência Artificial).
AUTIO, E.; ZANDER, I. Lean internationalization. Academy of Management Proceedings, Londres, v. 2016, n. 1, p. 17420, 2016. Disponível em: .
BANALIEVA, E.R., DHANARA, C. Internalization theory for the digital economy. J Int Bus Studies , Londres, v 50, p. 1372–1387, 2019, Disponível em: https://doi.org/10.1057/s41267-019-00243-7.
CAHEN, F.; BORINI, F. International digital competence. Journal of International Management, São Paulo, v. 26, n. 1, 2020. Disponível em: .