2 - Elza Fátima Rosa Veloso FACULDADE FIA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS (FFIA) - Mestrado Profissional em Gestão de Negócios
3 - MARCELO ANTONIO TREFF PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - PERDIZES
Reumo
Sabe-se que pela primeira vez na história, cinco gerações convivem no mercado de trabalho ao mesmo tempo: os veteranos, os baby-boomers e as gerações X, Y e Z.
Além de que é possível encontrar empresas com CEOs na faixa de 20 anos de idade e estagiários, com idade superior a 50 anos (MENCONI, 2018).
Em pesquisa mundial do instituto IPSOS (2021) visando entender as tensões mundiais na sociedade, os conflitos entre jovens versus idosos correspondeu a 46% das tensões, parcela significativa dentre todas as tensões pesquisadas.
Nesta conjunção vamos investigar os estilos de liderança.
o objetivo da pesquisa apresentada neste artigo é analisar a percepção dos profissionais das áreas de contabilidade e finanças acerca dos estilos de liderança adotados por seus líderes de diferentes gerações. A partir das reflexões sobre a teorias de estilos de liderança e liderança situacional, considerando também uma abordagem geracional das cinco gerações, foi gerada a seguinte hipótese geral: Existem diferenças na percepção sobre estilos de liderança entre os liderados de gerações distintas
Buscou-se construir um arcabouço teórico iniciado pela abordagem baseada no modelo bidimensional (tarefa ou relacionamento) entendida como Teoria dos Estilos de liderança (MAXIMIANO, 2021; DIAS; VELOSO; TREFF, 2020; BALDWIN; BOMMER; RUBIN, 2015; VRIES, 2010; BERGAMINI, 2009; BASS, 2008; VRIES; ENGELLAU, 2004), e a abordagem contingencia da Teoria da Liderança Situacional de Hersey e Blanchard (1977). E por fim, a construção de teoria sobre as diferenças entre as 5 gerações os veteranos, os baby-boomers e as gerações X, Y e Z (MENCONI, 2018; DELOITTE, 2022;2018; VELOSO; SILVA; DUTRA, 2012; WEST
Abordagem de natureza quantitativa através do uso da Escala de Avaliação do Estilo Gerencial (EAEG) proposta por Melo (2004), enviada como formulário eletrônico tipo survey, com 278 respostas válidas. A escala era contínua intervalar do tipo Likert, equilibrada de sete pontos. Os dados de qualidade medidos pelo coeficiente alpha de Cronbach e Composite Reability - (CR) se mostraram robustos. Detecção de outliers foi realizado, sendo um único caso identificado e retirado da amostra. Utilizou-se da análise de frequências e estatística descritiva com softwares estatísticos.
Este grupo tende a ter um estilo menos orientado às pessoas. Não há diferenças significativas nas médias dos escores dos estilos para as diferentes gerações, as diferenças se concentram nas percepções intergeracionais no estilo tarefa.
Baby boomers avaliam com escores mais altos seus líderes da geração Y/Z.
Geração Y avaliaram com maior escore os líderes da sua própria geração, do que os líderes mais velhos (gerações X e baby boomers).
Na geração Z, a avaliação é exatamente oposta: os líderes da geração baby boomers ficaram com escores mais altos em relação aos líderes da geração X e geração Y
A rejeição da hipótese geral, leva a crer que os estilos de liderança permanecem os mesmos para todas as gerações.
Contudo, na avaliação intergeracional, os escores no estilo tarefa, traz intrigantes questões e pode suscitar hipóteses para estudos futuros, como por exemplo quais são essas tarefas? Elas se relacionam com tecnologia? E por isso os mais velhos avaliam melhor os mais novos? São conhecimentos teóricos e de experiencia profissional que faz com que profissionais mais velhos tenham desenvolvido melhor ao longo de suas carreiras e por isso os mais jovens os avaliam melhor?