Vantagem específica da firma
Vantagem específica do país
Modelo hierárquico
Área
Estratégia em Organizações
Tema
Estratégia Internacional e Globalização
Autores
Nome
1 - Fabiane Fidelis Querino UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - PPGA-UFLA
2 - Taís Rodrigues da Costa UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
3 - Izadora Ribeiro e Garcia de Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
4 - Cristina Lelis Leal Calegario UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - DAE
5 - Ednilson Sebastião de Ávila UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
Reumo
O conhecimento é um recurso fundamental para a criação de valor na empresa (BARNEY, 1991). Empresas multinacionais (EMNs), possuem maior vantagem no acesso a esses conhecimentos por meio das redes locais e globais as quais estão inseridas (GUPTA; GOVINDARAJAN, 2000). No entanto, EMNs de mercados emergentes podem apresentar diferenças significativas, comparadas as de países desenvolvidos, devido à natureza idiossincrática de seu país de origem (GAFFENEY et al., 2016).
O presente estudo visa responder a seguinte questão de pesquisa: como ocorre a obtenção de conhecimento das multilatinas, considerando o ambiente em que estão inseridas? Especificamente, este estudo busca analisar como as vantagens competitivas dos países (VCP) e das empresas (VCE) e as características institucionais do seu mercado de origem influenciam na formação do estoque de conhecimento das multilatinas.
A visão baseada no conhecimento (VBC) o reconhece como um ativo crucial para a empresa criar e sustentar suas vantagens competitivas (BENDER; FISH, 2000; RIBEIRO, FIGUEIRA; CALEGARIO, 2021). A obtenção do conhecimento pode ser acessado tanto a partir dos recursos que a firma desenvolveu ao longo de sua história, quanto do ambiente externo (PHENE; ALMEIDA, 2008; MEDASEA; ABDUL-BASIT, 2020).
A pesquisa propôs a utilização do modelo de painel multinível com três níveis de análise (M3N). A amostra foi composta por 92 multilatinas de 7 países da região da América Latina, no período de 2005 a 2021.
Os resultados indicam que as VCE e entrada de IDE estão influenciando positivamente o estoque de conhecimento das multilatinas. Além disso, o ambiente institucional da região latino-americana foi um fator que impactou negativamente no estoque de conhecimento das empresas, mas essa relação era a prevista pela literatura. Apenas, as VCP que não influenciaram na criação do estoque de conhecimento.
Foi possível observar que dentro das variáveis que compõem o modelo, o fluxo de recebimento do IDE, foi a variável mais significante e de maior parâmetro para explicar o estoque de conhecimento das multilatinas. Isso significa que a entrada das EMNs via IDE nas regiões latino-americanas, gera transbordamento de conhecimento que está sendo internalizado e integrado por meio das capacidades de absorção, de modo que eles não apenas estão sendo utilizados, mas também estão sendo acumulados ao ponto de criar um estoque de conhecimento para essas empresas locais.
BARNEY, Jay. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of management, v. 17, n. 1, p. 99-120, 1991.
GUPTA, Anil K.; GOVINDARAJAN, Vijay. Knowledge flows within multinational corporations. Strategic management journal, v. 21, n. 4, p. 473-496, 2000.
PHENE, Anupama; ALMEIDA, Paul. Innovation in multinational subsidiaries: The role of knowledge assimilation and subsidiary capabilities. Journal of international business studies, v. 39, n. 5, p. 901-919, 2008.