Resumo

Título do Artigo

A INFLUÊNCIA DA DIVULGAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCOS SOBRE O DESEMPENHO MULTIDIMENSIONAL DAS EMPRESAS LISTADAS NA B3
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Gestão de riscos
Fatores de riscos
Desempenho

Área

Finanças

Tema

Contabilidade para usuários externos

Autores

Nome
1 - Adriano Catarina da Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEEAC
2 - Tatiana Aquino Almeida
CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS (UNICHRISTUS) - Dionísio Torres

Reumo

Riscos são inerentes aos negócios e, devido às consequências que eles podem trazer para a operação da empresa, torna-se imperativo que os diversos riscos empresariais sejam adequadamente identificados e administrados. Considerando-se que as empresas são obrigadas a realizar a divulgação de fatores de riscos aos quais estão submetidas, tais informações podem ser utilizadas pelos diversos usuários da informação contábil para fins de tomada de decisão acerca da empresa – aspecto este que pode trazer consequência para a performance da firma no mercado.
Dada a relevância da gestão de riscos para a continuidade e sucesso empresarial, a pesquisa é desenvolvida a partir do seguinte questionamento: Qual a influência exercida pela divulgação dos fatores de riscos e pela existência de um órgão gestor de riscos sobre o desempenho multidimensional das empresas brasileiras? Com base na problemática delineada, o objetivo geral do presente estudo consiste em analisar a influência exercida pela divulgação dos fatores de riscos e pela existência de um órgão gestor de riscos sobre o desempenho multidimensional das empresas listadas no índice IBrX-50.
A gestão de riscos vem sendo tema importante para as organizações como um todo. É essencial para as organizações a divulgação do conjunto de informações sobre riscos em que estão expostas (ZREIK; LOUHICHI, 2017). As organizações que demonstram clareza nas informações prestadas as partes interessadas, principalmente, para a tomada de decisão, demonstram uma maior preocupação com o processo mitigatório dos riscos e evidenciação desses ao mercado (TAN; ZENG; ELSHANDIDY, 2017), o que pode trazer reflexos ao desempenho da empresa.
A população do estudo reuniu as 50 empresas listadas no índice IBrX-50 da B3, sendo a amostra final composta por 47 empresas que disponibilizaram todos os dados necessários para a análise. A coleta de dados foi realizada através dos formulários de referência das empresas e do banco de dados Economática. Para viabilizar o tratamento dos dados, foram realizadas análises descritivas e aplicados os testes de Mann-Whitney e de correlação de Spearman.
Os resultados obtidos evidenciaram que a presença de órgão gestor de riscos influenciou o desempenho operacional. No entanto, a existência do referido órgão não influenciou o desempenho econômico e o desempenho de valor. Já no que diz respeito à relação entre a divulgação dos fatores de riscos e o desempenho multidimensional das empresas, os resultados encontrados não apontaram para identificação de relação estatisticamente significante entre o índice de divulgação dos fatores de riscos e o desempenho multidimensional das empresas analisadas.
Na medida em que foram analisadas as empresas de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro, torna-se possível que a presença de órgão gestor, bem como a divulgação de fatores de risco, não sejam aspectos que diferenciem as empresas no mercado e, consequentemente, alterem o desempenho das mesmas – mas sim que sejam aspectos necessários à operação de tais organizações, haja vista o porte e operação no mercado.
SANTOS, J. G. C.; COELHO, A. C. Value-relevance of disclosure: risk factors and risk management in brazilian firms. Revista Contabilidade & Finanças, v. 29, n. 78, p. 390-404, 2018. TAN, Y.; ZENG, C. C.; ELSHANDIDY, T. Risk disclosures, international orientation, and share price informativeness: Evidence from China. Journal of International Accounting, Auditing and Taxation, v. 29, n. 1, p. 81-102, 2017. ZREIK, O.; LOUHICHI, W. Risk sentiment and firms’ liquidity in the French market. Research in International Business and Finance, v. 39, n. 1, p. 809-823, 2017.