Resumo

Título do Artigo

A EDUCAÇÃO E ALFABETIZAÇÃO FINANCEIRA SOBRE A ÓTICA DAS FINANÇAS COMPORTAMENTAIS
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Palavras Chave

Economia Comportamental
Influência
Estratégias

Área

Finanças

Tema

Finanças Comportamentais

Autores

Nome
1 - Karina Kelen da Cruz
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
2 - Francisval
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia

Reumo

A teoria das Finanças Comportamentais visa identificar e entender a relação entre a irracionalidade e as decisões, partindo do pressuposto que as emoções e os erros cognitivos podem influenciar as decisões financeiras (Tversky & Kahneman, 1979). Nesse cenário a educação e alfabetização financeira têm sido colocadas em pauta como possíveis variáveis explicativas do comportamento financeiro das pessoas. Entre os estudos mais recentes do campo, tem sido encontrado algumas evidências primárias da relação entre a educação financeira e os vieses comportamentais (Baker et al., 2019).
Existem diferentes abordagens teóricas sobre finanças e economia que discutem sobre o potencial da educação e alfabetização financeira no comportamento das pessoas. Não há um consenso entre o estudioso do campo sobre a relação da educação/alfabetização financeira e o comportamento financeiro, evidenciando um gap de pesquisa sobre o entendimento da razão de tais resultados contraditórios. Este artigo teve por objetivo apresentar os resultados de uma revisão integrativa sobre o impacto da educação/alfabetização financeira na tomada de decisão das pessoas.
As teorias modernas de finanças foram construídas a partir de uma abordagem econômica, cujo paradigma central é a racionalidade dos agentes (Baker & Nofsinger, 2010). No entanto, desde o final dos anos 60, têm sido evidenciado que a racionalidade não é o centro do pensamento humano. Nesse cenário surge as Finanças Comportamentais, campo de pesquisa o qual, busca identificar como as emoções e os erros cognitivos podem influenciar as decisões financeiras e como esses padrões de comportamento podem determinar mudanças no mercado, bem como influenciar no bem-estar financeiro das pessoas.
Os resultados revelaram diversos fatores moderadores subjacentes que influenciam no efeito percebido das intervenções da educação e alfabetização financeira. Fatores tanto internos, quanto externos ao decisor, tais como, o contexto, os incentivos institucionais, a capacidade cognitiva, a qualidade e confiabilidade da informação que chegam as pessoas, entre outros. Além disso, os resultados também revelaram intervenções e estratégias que podem serem vistas como mecanismo de amenização de tais moderadores.
A partir da análise crítica do trabalho, observou-se que a razão de resultados contraditórios sobre o efeito da educação/alfabetização financeiro no comportamento, podem ser explicados pela falta de contextualização, pois existem diversos fatores moderadores subjacentes que influenciam no efeito percebido de suas intervenções. Assim, observa-se que não se pode avaliar tal efeito apenas sobre uma perspectiva micro, sem se considerar a influência de tais fatores moderadores, bem como também das estratégias de intervenção que auxiliam na amenização da influência desses fatores.
Kahneman, D. & Tversky, A. (1979). Prospect theory: an analysis of decision under risck. Econométrica, 47(2), 263-29. Simon, H. A. (1979). Rational Decision Making in Business Organizations. The American Economic Review, 69(4), 493–513. Torraco, R. J. (2016). Writing Integrative Literature Reviews: Using the Past and Present to Explore the Future. Human Resource Development Review, 15(4), 402-428. doi:10.1177/1534484316671606.