Respostas Estratégicas
Crise Pandêmica
Organizações da Sociedade Civil (OSCs)
Área
Estratégia em Organizações
Tema
Estratégia Competitiva
Autores
Nome
1 - Dilma da Invenção de Jesus UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA (UFRB) - CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS
2 - Thiago Bruno de Jesus Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA (UFRB) - CCAAB
3 - Renata Mendes de Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Administração, Ciências Contábeis, Engenharia de Produção e Serviço Social (FACES)
4 - Leticia Andrea Chechi UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA (UFRB) - CCAAB
Reumo
A pandemia também tem afetado diretamente as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) em atividade enquadradas na oferta de serviços públicos essenciais, o que coloca algumas dessas entidades no epicentro da crise, na linha de frente de iniciativas voltadas ao atendimento da população afetada (IPEA, 2022). As respostas estratégicas às crises definem parâmetros cruciais à intervenção como: contenção, perseverança e inovação (WENZEL; STANSKE; LIEBERMAN, 2020). O enfoque é a capacidade de posicionamento adequado frente às situações diante de incertezas e turbulências ocorridas no ambiente.
A crise atingiu acerca da continuidade dos projetos sociais nas áreas de educação, cultura, esporte, saúde e lazer com seus associados, acelerou a adoção de práticas de gerenciamento e suporte. Posto isto, o estudo objetivou analisar as respostas estratégicas que foram oferecidas por conta da pandemia de COVID-19 por uma associação não governamental. Nesse contexto, delineou-se o seguinte problema de pesquisa: Como as respostas estratégicas foram oferecidas devido à crise pandêmica de COVID-19?
A crise que se instalou com o COVID-19, afetou todos os setores econômicos, como o Terceiro Setor, que foram fortemente atingidos. As ações tomadas por essas organizações consistem em respostas estratégicas, a fim de superar as dificuldades e desafios (STIEGLITZ, KNUDSEN; BECKER, 2016). Diante da COVID-19, o engajamento da sociedade civil tem sido essencial na prestação de serviços sociais. Nesse sentido, contribui, de forma significativa, para o combate à infecção com uma mobilização das comunidades (ANDION, 2020).
As evidências coletadas na organização denotam, com maior ênfase, que um dos um dos ambientes externos que afetou a associação foi a crise pandêmica do COVID-19 e que pressupõem a inovação, por meio de novos projetos e parcerias. Evidenciou-se que as respostas estratégicas frente à crise pandêmica foram manter as atividades no formato remoto devido ao isolamento social. Ao reduzir os gastos (desligamento da água durante a pandemia), os gestores da associação adotaram a estratégia de contenção.
As associações não governamentais adotaram estratégias de enfrentamento para redução de impactos, como novas parcerias, transformações e aprimoramento digitais, redução dos custos, criação de canais de acolhimento psicológico, melhoria da qualidade dos serviços prestados e criação de novos projetos. A partir dos relatos e documentos, a pandemia foi um fator contingencial presente nas discussões da associação e as respostas estratégicas de perseverança, inovação e sustentação das atividades foi fundamental no planejamento, nas operações, que apoiou a continuidade dos projetos sociais.
ANDION, C. Atuação da sociedade civil no enfrentamento dos efeitos da COVID-19 no Brasil. Revista de Administração Pública, v. 54, n. 4, p. 936-951, 2020.
IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Mapa das Organizações da Sociedade Civil. Disponível em: https://mapaosc.ipea.gov.br/. Acesso em: 11 jul. 2022.
STIEGLITZ, N.; KNUDSEN, T.; BECKER, M. C. Adaptation and inertia in dynamic environments. Strategic Management Journal, v. 37, n. 9, p. 1854-1864, 2016.
WENZEL, M.; STANSKE, S.; LIEBERMAN, M. B. Strategic responses to crisis. Strategic Management Journal, v. 41, p. 7-18, 2020.