Capacidades dinâmicas
Cidades Inteligentes
Tendências
Área
Gestão da Inovação
Tema
Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação
Autores
Nome
1 - Clarice Vepo do Nascimento Welter UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Programa de Pós-Graduação em Administração
2 - Nairana Radtke Caneppele Centro Universitário Unihorizontes - MG - Programa de pós-graduação em Administração - Mestrado
3 - Roberto Schoproni Bichueti UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Programa de Pós-Graduação de Administração
Reumo
O fenômeno das cidades inteligentes é tão complexo e dinâmico que encontrar as lentes teóricas para entendê-lo é um desafio. O presente estudo argumenta, que a lente teórica das capacidades dinâmicas, fornece uma perspectiva relativamente nova a partir da qual pode-se abordar o contexto e o desenvolvimento de cidades inteligentes e construir insights relevantes. Argumentamos que desenvolver CDs têm se mostrado como uma alternativa para as cidades com o intuito de promover o desenvolvimento urbano e sustentável (Azkuna, 2012)
Quais são as frentes de pesquisa no campo das capacidades dinâmicas e cidades inteligentes considerando as diferentes lentes teóricas que já estão abordando o tema? Para preencher essa lacuna, o objetivo do presente estudo consiste em apresentar as tendências de investigação relacionadas a capacidades dinâmicas e cidades inteligentes.
A Teoria das Capacidades Dinâmicas tem como conceito central, a capacidade da organização de integrar, construir e reconfigurar competências internas e externas para lidar com ambientes em rápida mudança (Teece, 2007) e assim como qualquer organização, uma cidade também pode detectar e aproveitar as oportunidades apresentadas no ambiente e transformar-se com o intuito de aproveitar as oportunidades identificadas (Chong et al., 2018).
Foi possível identificar que as frentes de pesquisa estão relacionadas a três grandes grupos os quais denominamos de capacidades necessárias para o desenvolvimento de estratégias de cidades inteligentes (Fator 1), Metodologias e ferramentas para prever e monitorar a dinâmica urbana (Fator 2), e Potencialidades do Uso das TIC’s para o levantamento de dados para a tomada de decisão nas cidades. A partir das análises realizadas compreendemos que cidades inteligentes desenvolvem capacidades dinâmicas e que essas capacidades auxiliam no processo de desenvolvimento de cidades inteligentes.
Concluímos que as pesquisas sobre cidades inteligentes e capacidades dinâmicas analisam fenômenos sociais que dependem dos processos cognitivos dos indivíduos envolvidos. No entanto, tanto os fenômenos sociais (contexto) quanto os processos cognitivos (indivíduos) devem ser analisados de forma integrada. Isso significa que para uma cidade se tornar inteligente, não depende somente da vontade de um ou outro indivíduo, mas sim da integração de vários atores, que juntos fomentam o desenvolvimento das cidades.
Abdalla, W., Suresh, S., & Renukappa, S. (2020). Managing knowledge in the context of smart cities: An organizational cultural perspective. Journal of Entrepreneurship, Management and Innovation. 4, 47-85.
Cantuarias-Villessuzanne, C., Weigel, R., & Blain, J. (2021). Clustering of European Smart Cities to Understand the Cities’ Sustainability Strategies. Sustainability, 13(2), 513.
Lee, J. H., Hancock, M. G., & Hu, M.-C. (2014). Towards an effective framework for building smart cities: Lessons from Seoul and San Francisco. Technological Forecasting and Social Change, 89, 80–99