Resumo

No setor público, a quebra do modelo burocrático, em que se demonstrava certo colapso administrativo, tende a embasar a busca pela idealização de um novo jeito de administrar (BRESSER–PEREIRA, 2008). Em um Estado burocrático, com crise econômica, déficits fiscais, políticas públicas sem diretrizes e, do desenvolvimento econômico precário, verificou-se ao longo dos anos, a necessidade de diversas mudanças em seu papel em muitos países no mundo. Dessa forma tanto o Estado de bem-estar social, welfare state, quanto o modelo weberiano tradicional da burocracia têm sido alvo de mudanças.

Frente a contextualização apresentada, esta pesquisa norteia-se na seguinte questão: Como a literatura tem abordado as diferenças e similaridades entre BSC e COSO em organizações do setor público e privado? É possível uma integração? Em consequência, definiu-se como objetivo desta pesquisa apresentar as diferenças e similaridades na aplicação dessas metodologias no setor público abordadas pela literatura e uma investigação sobre o processo de integração de ambas as metodologias em gestão pública, apontando-se as melhorias que poderiam realmente advir desse processo.

2.1. Evolução da Gestão Pública. 2.2 New public management (NPM). 2.3 Balanced scorecard (BSC) na gestão pública. 2.4 Commiteeon Sponsoring Organizations of The Treadway Commisons (COSO) na gestão publica

Esta pesquisa é caracterizada pelo ponto de vista de seus objetivos e procedimentos técnicos, como descritiva, bibliográfica exploratória, pois visa descrever as características de determinado fenômeno e estabelecer relações entre variáveis, com base em material já elaborado e publicado (GIL, 2019; SILVA). Quanto à abordagem do problema, é qualitativa, pois busca compreender e classificar processos dinâmicos, e possibilitar um maior entendimento de particularidades do contexto estudado, além de não requerer o uso de métodos e técnicas estatísticas (MENEZES, 2009).

Como já reportado, o BSC pode ser complementado através do COSO que tem objetivos de natureza estratégica, visando cumprir as metas da organização, adicionar valor à organização ou protegê-lo, identificar oportunidades e observar eventos definidos pela organização que possam prejudicar o propósito da gestão como preconizam os seguintes autores: ARENA; ARNABOLDI, 2014; WISUTTEEWONG; ROMPHO, 2015; EL-DAWAYATI, 2017; BERRICH; ELAKRICH, 2020; KURNIAWATI, 2020; NUGROHO; PANGERAN, 2021.

Diante do exposto na literatura é evidente que a inovação se torna requisito necessário frente à escassez de recursos para atender à crescente demanda social, não sendo possível a administração pública vincular-se a instrumentos burocráticos ou corporativos no seu dia a dia. A administração pública deve modernizar os seus métodos organizacionais e administrativos para agilizar os processos internos, no intuito de alcançar a eficiência, a eficácia e a efetividade, proporcionando ao gestor mais velocidade na alocação dos recursos.

ABDUL-RAHMAN, H.; WANG, C.; MOHAMAD, F. S. Implementation of risk Management in Malaysian construction industry: case studies. Journal of Construction Engineering, 2015. ANTÓN, M. P. S. Internal control of public administrations. Its role in prevention and the fight against the corruption of the public powers. Revista Catalana de Dret Públic, v. 60, 87-101, 2020. ARAÚJO, M. L. S.; DIAS, L. N. S.; ALVES, F. F. Controles internos do governo do estado do Pará: uma análise da adoção ao COSO a partir da percepção do gestor. In: XV CONGRESSO USP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE. São Paulo