Resumo

Com as mudanças no ambiente de negócios, as incertezas e exigências dinâmicas dos clientes (NEJATIAN et al., 2018), as empresas necessitam de agilidade para ter um diferencial necessário, associando a tecnologia e sua funcionalidade ao desempenho final da organização (GUNASEKARAN, 1998). Ao mesmo tempo, a empresa necessita de recursos que sejam potencializados e desenvolvidos com esse fim. A partir dessa abordagem, as organizações buscam adquirir e implementar recursos de tecnologia e desenvolver a Competência em TI (CHAKRAVARTY; GREWAL; SAMBAMURTHY, 2013), e conseguir o desempenho esperado.

Ao compreender que as empresas possuem e desenvolvem um tipo de recurso organizacional, transformando-as em suas competências (TEECE, 2009), as organizações que aprimoram e utilizam a competência em TI implementam ações que se adaptam ao dinamismo ambiental em contexto de mudança (CHAKRAVARTY; GREWAL; SAMBAMURTHY, 2013). Nesse sentido buscou-se responder à questão de pesquisa que norteou o estudo: Que dimensões da competência em tecnologia da informação são consideradas validas em empresas de base tecnológicas?

Com base nas teorias que envolvem a Competência em Tecnologia da Informação (TI), criou-se uma sequência de pesquisa e de relação de autores usados para identificar e montar o modelo da pesquisa, que seguiu os autores, seus estudos e a delimitação das competências em TI estudadas. A sequência dos autores adotada é descrita em série, iniciando com o estudo de Crawford, Leonard e Jones (2011), seguido de Lu e Ramamurthy (2011), complementado por Ngai, Chau e Chan (2011), relacionado e melhorado com Chakravarty, Grewal e Sambamurthy (2013), aprimorado e ampliado com Nam, Lee e Lee (2019).

A classificação da pesquisa, de acordo com o objetivo geral estabelecido, é do tipo exploratória e descritiva (BLAIKIE, 2009), proporcionando uma nova visão do problema, procurando estabelecer a natureza das relações (PRODANOV; FREITAS, 2013). O instrumento de coleta de dados, determinado como questionário eletrônico, deve apresentar um elemento denominado por codificação que representa a atribuição de números às categorias para facilitar as medidas (HAIR JR. et al., 2014), sendo comumente utilizada na análise multivariada de dados. A análise dos dados foi feita com Equações Estruturais.

Utilizando-se as proposições teóricas de Guite e Perez (2019) na ampliação do número de dimensões do construto competência em TI, foi sugerido a junção de mais uma dimensão, passando-se então, de cinco para seis. Assim,m, foi possível estabelecer que a competência em TI, considerada como construto de 2a ordem e de forma reflexiva, pode ser avaliada por meio de seis dimensões.Foram agrupadas, testadas e validadas as dimensões: Infraestrutura de TI, Abrangência de Negócios da TI, Postura Proativa da TI, Conhecimento do Negócio da TI, Integração da TI e a Flexibilidade da TI

O modelo proposto, avaliado e validado sobre competência em TI, formado por Infraestrutura da TI, Abrangência de negócios da TI, Postura Proativa da TI, Conhecimento do Negócio da TI, Integração da TI e Flexibilidade da TI, possibilita compreender o apoio que a tecnologia propicia para aprimorar estratégias e processos de negócios, alinhando aos objetivos organizacionais, e que os resultados deste estudo e da pesquisa conseguiram respaldo com as respostas, possibilitando a ampliação das dimensões da competência em TI.

BIDO, D. DE S.; SILVA, D. DA. SmartPLS 3: especificação, estimação, avaliação e relato. Administração: Ensino e Pesquisa, v. 20, n. 2, p. 488–536, 2019. GUITE, D. A.; PEREZ, G. Proposta de um Modelo para Avaliação da Competência em Tecnologia da Informação: um ensaio teórico. XXII SEMEAD. Anais...São Paulo: 2019. HAIR JR, J. F. et al. Análise multivariada de dados. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. NAM, D.; LEE, J.; LEE, H. Business analytics use in CRM: a nomological net from IT competence to CRM performance. International Journal of Information Management, v. 45, n. 96, p. 233–245, 2019.