A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências
Autores
Nome
1 - Suzete Antonieta Lizote UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Itajai
2 - Cristiane Pauline Souza Felipe UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Campus Itajai
3 - Patrícia Taís Callegari UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Itajaí
4 - Ana Paula dos Santos UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Biguaçú
Reumo
A orientação empreendedora no ambiente organizacional, desponta como um dos tópicos mais relevantes nos campos do empreendedorismo e da gestão. Ela está interligada ao sucesso das empresas, seja na inserção e na manutenção, seja na ampliação dos negócios. Portanto, analisar a orientação empreendedora na percepção dos gestores de micro e pequenas empresas adquire relevância tanto para academia quanto para os proprietários dessas empresas, que podem melhor avaliar essas relações com o desempenho.
O problema abordado buscou responder a seguinte pergunta de pesquisa: Qual a intensidade de orientação empreendedora das pequenas e médias empresas vinculadas à uma Associação Empresarial do Sul do Brasil? Portanto, o objetivo geral foi verificar a intensidade da orientação empreendedora das pequenas e médias empresas vinculadas à uma Associação Empresarial do Sul do Brasil.
Os gestores, buscando ter vantagem competitiva, reconhecem a necessidade das suas empresas obterem, cada vez mais, uma orientação empreendedora (KURATKO; HORNSBY; COVIN, 2014). Wales, Covin e Monsen (2020) destacam que a orientação empreendedora se configura como um atributo organizacional manifesto e, portanto, propício à investigação do espírito empreendedor nas decisões gerenciais e no desempenho. O estudo empírico sobre a orientação empreendedora, que se constitui um fenômeno que reflete a capacidade de gestão eficiente em iniciativas proativas, teve como base Miller (1983).
Optou-se pela abordagem quantitativa, sendo os dados coletados com questionários de autopreenchimento com base no modelo de Miller (1983). O instrumento foi direcionado aos gestores das micro e pequenas empresas (MPEs) vinculadas à uma associação empresarial do Sul do Brasil, via correio eletrônico com auxílio da ferramenta do Google Docs. A população esteve composta por 296 MPEs resultando em uma amostra de 198 respondentes. Validou-se os indicadores por meio da Análise Fatorial Exploratória e utilizou-se estatística descritiva para verificar a intensidade das dimensões.
Os resultados evidenciaram que, quando analisadas as dimensões da orientação empreendedora e ordenadas de maior a menor intensidade, se tem a proatividade, inovatividade e a assunção de riscos.
Como resposta à pergunta de pesquisa se conclui que, as empresas analisadas apresentam uma típica orientação empreendedora, com intensidade maior para a proatividade. Kim (2018) ressalta que a orientação empreendedora melhora o desempenho das organizações em mercados dinâmicos, bem como a promoção do crescimento organizacional das Pequenas e Médias Empresas (PMEs).
KURATKO, D. F.; HORNSBY, J. S.; COVIN, J. G. Diagnosing a firm’s internal environment for corporate entrepreneurship. Business Horizons, v. 57, n. 1, p. 37–47, 2014.
MILLER, D. The correlates of entrepreneurship in three types of firms. Management Science, v. 29, n. 7, p. 770-791, 1983.
WALES, W. J.; COVIN, J. G.; MONSEN, E. Entrepreneurial orientation: the necessity of a multilevel conceptualization. Strategic Entrepreneurship Journal, v. 14, n. 4, p. 639-660, 2020.