Resumo

Os IFs são instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi, especializados na oferta de educação profissional e tecnológica em diferentes modalidades de ensino. Considerando que a educação especial deve se dar de forma transversal, em todos os níveis de ensino, os campi da Rede Federal desenvolvem suas ações inclusivas e para a diversidade a partir do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NAPNE), criados a partir do Programa Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Especiais.

Considerando que o público-alvo da educação especial tem buscado a educação formal em escolas da rede regular e capacitação profissional nos Institutos Federais de Educação, questiona-se: como os Institutos Federais de Educação têm atuado no processo inclusivo do público alvo da educação especial? O objetivo deste artigo é analisar pesquisas que tratem da educação inclusiva na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, publicadas no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, no período de 2018 e 2021.

A pesquisa bibliográfica aqui apresentada é do tipo narrativa, segundo a proposta de Rother (2007) e Elias (2012) e compreende discussões relativas ao tema da educação profissional inclusiva, a partir do contexto dos Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

As pesquisas foram desenvolvidas a partir de IFs de todas as regiões do país, foram identificadas pesquisas acerca da inclusão e da atuação dos NAPNEs. Os temas abordados foram: institucionalização do NAPNE, disponibilidade de estrutura física e de pessoas, existência de profissionais especializados e da oferta de formação continuada de professores e equipe pedagógica. Essas pesquisas contemplaram também questões relativas à acessibilidade e suas dimensões no âmbito dos institutos.

Evidenciou-se a ausência de pesquisas que abordassem a necessidade de adaptação do currículo institucional, tendo em vista que a legislação garante adaptação de currículo e atividades às pessoas com deficiência (BRASIL, 2015), além de que os cursos técnicos ofertados pelos IFs possuem uma grande extensa, com disciplinas técnicas e da base curricular comum, onde é preciso ser verificado até que ponto podem ser realizadas adaptações para o atendimento do público-alvo da educação especial e inclusiva.

Borges (2019); Costa (2018); Cunha (2020); Dias (2020); Ferreira (2020); Lima (2018); Lobão (2019); Maekava (2020); Machado (2021); Pires (2018); Pinto (2019); Santos (2020); Silva (2019); Souza (2018); Velihovetch (2018).