Teorias e ensino de Administração
Colonialidade eurocêntrica
Decolonialismo
Área
Estudos Organizacionais
Tema
Diversidade, Diferença e Inclusão nas Organizações
Autores
Nome
1 - Edi Carlos de Oliveira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Maringá
2 - Rejane Heloise dos Santos UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Maringá
Reumo
Ao longo do tempo, os resultados de pesquisas, estudos, observações e experiências conduziram à formação de diversas teorias que apresentam formas específicas de conduzir as tarefas no cotidiano das organizações, sendo que essas teorias são conhecimentos científicos produzidos e organizados pela vivência nas organizações. Justifica-se, portanto, discussões acerca do decolonialismo, uma crítica teórica que se destaca no ideário da América Latina e que incita a libertação do campo do conhecimento da colonialidade epistêmica eurocêntrica, até então utilizada na gestão das organizações.
Com o passar dos anos essas teorias receberam diferentes contribuições e influências de cientistas e pesquisadores de diversas tendências, alterando os direcionamentos de pesquisas e conduzindo o ensino de Administração aos novos tempos. Desse modo, questiona-se como será o futuro da fábrica de administradores, tendo em vista que a sociedade e as organizações vivem um período em que as transformações e a competitividade interferem no atual estado das coisas?
O artigo retoma as teorias da Administração (Administração Científica, Teoria Clássica, Burocracia, Teoria Estruturalista, Teoria das Relações Humanas, Teoria Comportamental, Teoria do Desenvolvimento Organizacional, Teoria estruturalista e Teoria da contingência) e abre espaço para inclusão de novas teorias e abordagens no campo da Administração, como a colonialidade epistêmica eurocêntrica e o decolonialismo.
O artigo discute que no esteio de evolução, considerado como um ápice cosmopolita da modernidade, que também é intitulado de globalização, é preciso que a Administração supere o colonialismo do passado para se buscar uma liberdade para o progresso do país, incluindo a liberdade e autonomia das organizações. Apresenta a decolonialidade, como uma abordagem que consiste na desvinculação do colonialismo e é vista como um padrão de força que molda as nações e as organizações, baseada não somente no conjunto de padrão de políticas, mas na captura da identidade, cultura e formas de conhecimento.
Desde o seu surgimento como Ciência, a Teoria da Administração passou por muitos “momentos evolutivos” importantes, em que se questionava suas concepções e suposições e buscava-se perspectivas que explicassem melhor as organizações e seus desdobramentos. No entanto não é possível afirmar que uma ou outra concepção é “correta” ou que – individualmente – explica totalmente uma organização, ou o indivíduo que nela atua. Evidencia-se o “decolonialismo”, que considera as teorias existentes, mas abre espaço para o estabelecimento de novas teorias que enfatizem as especificidades locais.
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