Impactos das Características cognitivas e comportamentais de altos executivos no desempenho organizacional no contexto de Cooperativas de Crédito Brasileiras
1 - Mariléia Batista Fertig UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE (UNIARP) - Mestrado Acadêmico em Desenvolvimento e Sociedade
2 - Mauricio Andrade de Lima UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE (UNIARP) - Caçador
3 - Ivanete Schneider Hahn UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE (UNIARP) - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Sociedade
Reumo
A busca por resultados organizacionais positivos, promissores, desafiam e mobilizam os executivos na gestão estratégica alinhada aos processos de tomada de decisão que envolve ambiguidades, incertezas e influências da personalidade executiva (Chatterjee & Hambrick, 2007; Simsek et al., 2010). Neste processo, CEOs e equipe de alta administração (do inglês, top management team (TMT)) são os sujeitos centrais que com seus papéis e suas características pessoais buscam alcançar o desempenho e crescimento organizacional (Simsek et al., 2010; Talke et al., 2010; Klotz et al., 2014).
Há um consenso na literatura de que as características dos altos executivos se refletem o desempenho organizacional, no entanto, os estudos são baseados no contexto das corporações. Mas como isso ocorre em contextos em que a discricionariedade gerencial é controlada por regramentos, como no caso de cooperativas de crédito? Assim, o objetivo deste artigo é analisar como o raciocínio verbal e as habilidades sociais de altos executivos podem explicar o desempenho organizacional, no contexto das cooperativas de crédito. Utilizou-se como lente teórica a Teoria do Alto Escalão.
Estudar os escalões superiores, requer incluir na sua composição além dos CEO´s, o TMT, para resultados mais confiáveis (Papadikis & Barwise, 2002), pois a estratégia não advém somente de um gestor, mas de um grupo de gestores (Talke et al., 2010; Simsek, 2010; Klotz et al., 2014). Assim, o foco deve estar no grupo de executivos como os “atores mais poderosos” que lideram e conduzem as organizações (Hambrick, 2007) e que [...] “têm uma influência considerável sobre a forma e o destino de suas empresas especificamente” (Hambrick, 2007, p. 341)
Foram avaliados 96 altos executivos em níveis estratégico e tático de cooperativas de crédito. Utilizou-se os instrumentos de avaliação psicométricos, a prova de raciocínio verbal, o inventário de habilidades sociais e dados de desempenho organizacional. Os dados foram analisados por meio de análises estatísticas.
As hipóteses construídas foram refutadas no contexto das cooperativas de crédito. Ou seja, o raciocínio verbal, e as habilidades sociais não apresentam correlação positiva significativa na composição dos resultados organizacionais.
No contexto das cooperativas de crédito, as características individuais investigadas dos gestores parecem ter menos impacto e importância prática para o desempenho destas organizações.
Hambrick, D. C. & Finkelstein, S. (1987). Managerial Discretion: a bridge between polar views of organizations. 369-406. in: Cummings, L. L., & Staw, B. M. (eds). Research in organizational behavior. V.9. Greenwich. JAI Press.
Hambrick, D. C. (2007). Upper echelons theory: An update.
Hambrick, D. C., & Mason, P. A. (1984). Upper echelons: The organization as a reflection of its top managers. Academy