Resumo

Título do Artigo

PRODUÇÃO DE PROTEÍNA: ESTUDO LONGITUDINAL DA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO MUNDIAL DA PROTEÍNA DE FRANGO
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Palavras Chave

Vantagem Competitiva
Exportações Brasileiras de Proteína
Agroindústria Brasileira

Área

Agribusiness

Tema

Estratégia e Competitividade nas cadeias agrícolas

Autores

Nome
1 - Tailane Aparecida Lira
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Joaçaba (SC)
2 - JONAS WILPERT
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Joaçaba
3 - Silvio Santos Junior
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Doutorado em Administrção
4 - Carlos Eduardo Carvalho
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Chapecó

Reumo

O Brasil figura como o terceiro maior produtor de carne de frango do mundo e é também o maior exportador mundial. Este artigo propõe uma análise longitudinal da evolução da produção e participação brasileira no mercado mundial de proteína de frango. O crescimento da renda e da população mundial, tem pressionado a demanda por fontes alternativas de proteína, e a eficiência na produção é desenvolvida por uma extensa cadeia: fornecedores de insumos, produtores, governos, agroindústrias, políticas econômicas, cambiais e mercado de crédito, sendo, portanto, gerador de impacto em muitos setores.
Este artigo traz a seguinte questão de pesquisa: como tem se comportado o mercado brasileiro de proteína de frango na última década? Dessa forma, este estudo tem como objetivo realizar uma avaliação do comportamento do mercado de produção de proteínas de aves longitudinalmente, analisando a evolução da produção de carne de frango brasileira e o impacto na economia nacional nos últimos anos. E justifica-se pela contribuição deste setor para a economia e por analisar como o Brasil conquistou a vantagem competitiva na produção de proteína de frango brasileira junto ao mercado mundial.
A partir de 1980 houve uma reestruturação do setor avícola, o surgimento de grandes grupos agroindustriais ligados ao mercado externo, alterações no padrão de consumo e maior concorrência internacional (MIOR, 1992). O ambiente competitivo gera benefícios a sociedade com desenvolvimento de inovação e redução de custos, promove o crescimento das empresas. Foram exploradas as teorias da vantagem competitiva de Porter e o diamante da competitividade (condição dos fatores, da demanda, os setores correlatos/apoio e estrutura e rivalidade das firmas) no setor de proteínas de frango (PORTER, 1990).
Este artigo, trata-se de um estudo de caráter qualitativo, o qual foi realizado através de pesquisa bibliográfica e documental, exploratória e descritiva, com a coleta de dados secundários, observando prioritariamente os relatórios da Associação brasileira de Proteína Animal (ABPA), Banco Central do Brasil (BCB) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). Os dados foram reunidos e categorizados, gerando gráficos e tabelas para comparação e análise, os quais foram examinados de forma estruturada, buscando aspectos correlacionais.
Os resultados identificam que a proteína de frango é base da alimentação de uma parcela significativa da população mundial, impactando economias locais e globais, sendo o Brasil protagonista na produção, consumo e exportação. A região sul do país merece destaque, especialmente por suas condições geográficas favoráveis. Também se observa a relação de investimentos através de financiamentos rurais para o aumento da produção. A desvalorização cambial permitiu aumentar a competitividade brasileira nas exportações, e assim, mesmo com menores receitas em dólar, aumentar a receita em real.
O aumento do consumo de carne de frango demonstra a exigência dos consumidores brasileiros que pode antecipar as necessidades dos mercados globais, explicado pelo fator “condições de demanda” do diamante de Porter. O PIB brasileiro é fortemente impactado pelo agronegócio que vem crescendo em larga escala, e contribuiu com 28% da composição do PIB de 2021, especialmente centralizado na região sul do país, que conta com condições propícias ao desenvolvimento e apoio de setores correlatos, e que está fortalecido pela estrutura dos demais fatores da indústria nacional relacionados no diamante.
ABPA, Relatório Anual. Associação Brasileira de Proteína Animal. São Paulo, 2013 a 2022; BCB, Banco Central do Brasil. Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro (Derop). 2022; CEPEA, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada; CNA, Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária. PIB do agronegócio brasileiro de 1996 a 2021; PORTER, Michael. A Vantagem Competitiva das Nações. Rio de Janeiro: Campus, 1990; SACHS, Jeffrey. Notas para uma nova sociologia do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Record, p. 71-88, 2002.