Multinacionais
Inovação Aberta
Visão baseada no conhecimento
Área
Estratégia em Organizações
Tema
Estratégia Internacional e Globalização
Autores
Nome
1 - Leisianny Mayara Costa Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Programa de Pós-graduação em Administração- PPGA
2 - KELLY CARVALHO VIEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
3 - Andre Grutzmann UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Ciência da Computação
Reumo
Tornou-se evidente que tratar a MNE como uma mera extensão das empresas domésticas era inadequado, surgindo assim a necessidade de uma abordagem mais holística das suas atividades e de avançar com ideias desenvolvidas em campos adjacentes. A teoria de Inovação Aberta vem complementar a visão baseada em conhecimento sob a perspectiva de fontes internas e externas nas MNEs, perante a utilização simultânea e ambidestra de suas fontes de conhecimento.
Diante da lacuna em integrar a teoria de OI à visão baseada em conhecimento nas MNEs, este artigo busca compreender a partir da literatura existente: quais as contribuições da teoria de OI para a abordagem da visão baseada em conhecimento no que se refere à natureza dos processos de conhecimento das MNEs? Para tanto, este estudo tem como objetivo analisar os insigths principais discutidos na literatura a respeito da teoria de OI e a visão baseada em conhecimento sobre MNEs, e propor um framework sobre a natureza dos componentes de conhecimento nesse contexto.
Há evidências de que as empresas abordam a OI de várias maneiras diferentes (MORTARA et al., 2010). Logo, é preciso reconhecer a OI como um fenômeno multinível que compreende várias dimensões e processos de mudança em diferentes níveis organizacionais da empresa (SCHNECKENBERG, 2015) e sobretudo, alinhá-la com a estratégia corporativa da EMN e seu ambiente operacional (WILLIAMS; VOSSEN, 2014). O conhecimento transfronteiriço se estende além da MNE para considerar instituições, indivíduos e comunidade (GRANT; PHENE, 2021), por meio de interações formais ou não (ALNUAIMI et al., 2012).
Os resultados apontam que o framework da OI nas MNEs abarca componentes microambientais e macroambientais complementados por eixos de intersecção. No contexto micro, as subsidiárias são vistas como núcleo principal onde o processo de Inovação aberta Interna é desenvolvido junto à mecanismos como cultura, adaptação e agilidade organizacional, etc. No macro, os Sistemas Nacionais de Inovação Aberta são o núcleo e os mecanismos externos são as instituições acadêmicas, as parcerias público-privada, etc. Complementados pela geração e proteção da Inovação e aspectos políticos, sociais e ambientais.
A visão baseada em conhecimento trouxe grandes benefícios às MNEs em se tratando do contexto de inovação. Com base nisso e nos fluxos de conhecimento cada vez mais abertos, a Inovação Aberta surge como abordagem contrária aos processos fechados, dialogando com estratégias de busca de inovações em ambientes internos e externos às organizações. Logo, foi possível notar uma gama de componentes que estruturam a OI nas MNEs bem como a complexidade de suas atuações.
GRANT, R, PHENE, A. The knowledge based view and global strategy: Past impact and future potential. Global Strategy Journal. v. 12, p. 3– 30, 2021. https://doi.org/10.1002/ gsj.1399
PITELIS, C. N. TEECE, D. J. The New MNE: ‘Orchestration’ Theory as Envelope of ‘Internalisation’ Theory. Manag Int Rev, v. 58, p. 523–539, 2018. https://doi.org/10.1007/ s11575-018-0346-2
VANHAVERBEKE, WIM, DU, J. Managing Open Innovation in Multinational Enterprises: Combining Open Innovation and R&D Globalization Literature. Open Innovation Research, Management and Practice. Cap.09, p. 213-234, 2013. 10.1142/9781