1 - Cristiane Maria Galvão Viana UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Fortaleza
2 - Keysa Manuela Cunha de Mascena UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA)
Reumo
Os processos, que envolvem as interações sociais, foram estudados por Fiske na Teoria dos Modelos Relacionais (1991, 1992, 2004), que postula que as pessoas usam quatro modelos relacionais para toda interação social. Os comportamentos podem variar conforme a idade, sendo que diferentes gerações de líderes podem estabelecer comportamentos relacionais de maneiras distintas.
Considerando-se as diferenças que podem ser encontradas em diferentes gerações de liderança, torna-se relevante considerar se os modelos relacionais também podem estar associados à liderança. Nesse contexto, surge a questão de pesquisa: como os modelos relacionais se manifestam nas diferentes gerações de líderes no relacionamento com seus liderados?
O objetivo dessa pesquisa é analisar como os modelos relacionais estão associados aos comportamentos de líderes de diferentes gerações.
Fundamenta-se nos aspectos que descrevem como as gerações diferem ao mesmo ponto em tempo de vida, em média, em relação aos valores, atitudes, crenças ou motivações, desenvolvimento educacional, e características da personalidade (Twenge & Donnelly 2016; Twenge, Campbell & Freeman, 2012; Twenge, Sherman & Wells, 2017).
Essas diferenças podem surgir no contexto de modelos relacionais. Assim como a taxonomia quádrupla da Teoria dos Modelos Relacionais sustentam a construção, interpretação, coordenação, representação e avaliação das relações sociais (Fiske & Haslam, 1997).
O método empregado é qualitativo, acessando a experiência de trinta líderes e liderados da Indústria Farmacêutica, por meio de entrevistas conduzidas por roteiro semi-estruturado. A análise empregou a técnica de análise de conteúdo.
Quanto aos modelos relacionais, verificou-se evidências que os líderes apresentam os modelos de Compartilhamento Comunitário (CC) e Correspondência de Igualdade (CI).
Tanto para os gerentes, quanto para os representantes de vendas, o tema geração se relaciona mais com experiência, vivência, postura profissional. Salientam também que pessoas da geração Baby Boomer tem mais habilidade de construir relações e são mais comprometidos. No entanto, a Geração X corre mais riscos, são mais adaptáveis ao modelo virtual, as tecnologias e tem uma necessidade de ascender rápido nos seus empregos.
Essa pesquisa apresenta evidências sobre as interações que envolvem trocas sociais entre gerentes e representantes de vendas da Indústria Farmacêutica, tendo como base as características dos modelos relacionais: troca, tomada de decisão, influência, distribuição de recursos, trabalho, identidades, moral. E também outros pontos relacionados a interação e o valor atribuído a liderança tais como: produtividade, desafios, oportunidades, hierarquia, chances profissionais, pontos que contribuem ou impedem a liderança.
Haslam, N. and Fiske, A.P. (1999) Relational models theory: a confirmatory factor analysis. Journal of Personal Relationships, 6, 241–250.
Oshagbemi, T. (2004). Age influences on the leadership styles and behaviors of managers. Employee Relations, 26, 14–29.
Truxillo, D. M., McCune, E. A., Bertolino, M. & Fraccaroli, F. (2012). Perceptions of older versus younger workers in terms of big five facets, proactive personality, cognitive ability, and job performance. Journal of Applied Social Psychology , 42(1)1, 2607–2639.