Resumo

Título do Artigo

DESAFIOS E PRÁTICAS DE RESOURCEFULNESS EM STARTUPS EM ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO.
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Startup
Resourcefulness
Mínimo Produto Viável

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - BERNARDO SOARES FERNANDES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
2 - Roger de Bem Jaeger
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
3 - Aurora Carneiro Zen
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Departamento de Ciências Administrativas
4 - Tiago Ratinho
IESEG School of Management - Management & Innovation

Reumo

Startups são comumente tratadas como organizações em busca de um modelo de negócio escalável, de receita recorrente e lucrativo. Existem diferentes modelos de análise do Ciclo de Vida das Startups, porém há uma lacuna sobre quais são os recursos principais que influenciam o sucesso em cada estágio da sua evolução. Acompanhando esse processo evolutivo, os desafios a serem superados também tendem a variar, sendo comum a escassez de recursos em estágios iniciais, o que as leva a tentar extrair o máximo de suas capacidades, que é o cerne do conceito de resourcefulness.
Considerando que startups bem-sucedidas apresentam desempenho extraordinário (Blank e Dorf, 2014; Melegati et al., 2019; J. Meyer, 2012) e que os recursos são fontes de vantagens competitivas (Barney, 1991), identifica-se uma lacuna importante na investigação sobre quais são os recursos principais que influenciam o sucesso das startups em cada estágio da sua evolução e que influenciarão na sua maturidade. O objetivo deste artigo é analisar as práticas de orquestração para enfrentar desafios relacionados à escassez de recursos em startups em estágio de desenvolvimento e validação do MVP.
Os conceitos mais difundidos sobre o que é uma startup indicam que ela é uma organização em busca de um modelo de negócio escalável, de receita recorrente e lucrativo (Blank e Dorf, 2014; Ehrenhard et al., 2017; Saura et al., 2018; Skala, 2019). No contexto empreendedor, resourcefulness pode ser considerado como um comportamento criativo não-tradicional (boundary breaking), que visa a trazer e empregar recursos para gerar e capturar novas ou inesperadas fontes de valor no processo de empreendedorismo (Williams et al., 2021). Em outras palavras, “fazer mais com menos”.
Especificamente, em 2022, foram entrevistadas 24 startups, em que 12 startups estavam em estágio de desenvolvimento e 12 startups estavam em estágios de venda. Especificamente, foram entrevistadas 12 empresas vinculadas ao Parque Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e 12 startups vinculadas a incubadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As entrevistas foram gravadas e transcritas. As entrevistas tiveram um tempo médio de 57 minutos, e totalizaram 1365 minutos.
Os dados foram analisados usando o método de análise de conteúdo (Bardin, 2011), as categorias foram definidas a posteriori, a partir da análise das respostas individuais, agrupamentos e reanálise. A codificação dos dados coletados, entre desafios, principais recursos, tipos de recursos e práticas de orquestração gerou 318 codificações.
Apesar de as startups analisadas serem de diferentes setores e ambientes de inovação, demonstraram caraterísticas, desafios e práticas de resourcefulness comuns, o que fortaleceu a validade interna do estudo. Mesmo diante dos desafios enfrentados pela escassez de recursos em estágios iniciais, a adoção e combinação de práticas de resourcefulness, aliadas à motivação, permite que as startups ampliem suas capacidades, viabilizando a superação de desafios até o desenvolvimento e validação do MVP.
Blank, S., & Dorf, B. (2014). Startup: Manual do Empreendedor o guia passo a passo para construir uma grande companhia (Alta Books (ed.); 1st ed). Alta Books. Sirmon, D. G., Hitt, M. A., Ireland, R. D., & Gilbert, B. A. (2010). Resource Orchestration to Create Competitive Advantage: Breadth, Depth, and Life Cycle Effects. Journal of Management, 37(5), 1390–1412. https://doi.org/10.1177/0149206310385695 Zahra, S. A. (2021). The resource-based view, resourcefulness, and resource management in startup firms: A proposed research agenda. Journal of Management, 47(7), 1841–1860.