Resumo

Título do Artigo

A gestão da diversidade de trabalhadores com deficiência no serviço público estadual cearense
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Palavras Chave

Gestão da diversidade
Deficiente físico e auditivo
Serviço público

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Diversidade, Diferença e Inclusão nas Organizações

Autores

Nome
1 - Maria Regiane Araújo Cavalcante
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAC
2 - Maria Auridete da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - campos do Benfica
3 - Ana Paula Moreno Pinho
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC

Reumo

Estudos realizados por Dong et al. (2012), Hernandez et al. (2012), Houtenville e Kalargyrou (2015) e Richards e Sang (2016), encontraram que entidades do setor público e organizações sindicalizadas estão associadas ao aumento do emprego de pessoas com deficiência (PCD), bem como apresentam maior disponibilidade para mudar os sistemas de trabalho, fornecer acomodações e fornecer treinamento especial. Segundo Sassaki (2009), existem seis dimensões da acessibilidade para o ambiente de trabalho, a saber: arquitetônica, comunicacional, metodológica, instrumental, programática e atitudinal.
Questão: Como ocorre a gestão da diversidade e inclusão dos trabalhadores com deficiência no serviço público estadual cearense nos aspectos de gestão de equipe, desenvolvimento profissional e as iniciativas de adequação da infraestrutura para acessibilidade? Objetivo geral: analisar a gestão da diversidade e inclusão de trabalhadores com deficiência no serviço público estadual cearense nos aspectos de gestão de equipe, desenvolvimento profissional e as iniciativas de adequação da infraestrutura para acessibilidade.
Neves (2020) ressalta que gerir a diversidade dentro das organizações é um aspecto de sobrevivência de muitas empresas e isso tem feito um diferencial competitivo entre as mesmas. Conforme Marques Júnior et al. (2020), fazer essa gestão significa exatamente gerir diferenças em benefício da organização e principalmente das pessoas, sendo uma tarefa difícil, pois envolve revisar/modificar estruturas de poder, hábitos, comportamentos e atitudes no ambiente de trabalho, ou seja, fazer toda uma reestruturação institucional, cultural e operacional para se adequar a alocação desse novo componente.
A pesquisa caracteriza-se por ser qualitativa, exploratória, com coleta de dados realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, análise bibliográfica e análise documental. A análise dos dados foi feita por meio da análise de conteúdo e a codificação das informações foi realizada pelo software de pesquisa qualitativa ATLAS.ti 22®.
Observa-se que o setor público é carente de práticas voltadas para a inclusão de funcionários com deficiência, necessitando interação social, capacitação das equipes e investimentos para a promoção à diversidade. Mesmo com a ausência dessas práticas, foram relatadas nas entrevistas a ocorrência de respeito mútuo, tratamento equitativo entre os funcionários e acolhimento pelos gestores. Constatou-se a inexistência de políticas internas para a inclusão, desigualdade de oportunidades pela restrição da realização de algumas atividades e/ou nível de escolaridade. Ausência de acessibilidade.
Os resultados apontam que precisa haver um investimento para promoção à diversidade, priorização da acessibilidade, elaboração de políticas internas, capacitação e sensibilização constante que incentivem e possibilitem o acolhimento, integração e crescimento profissional de funcionários com deficiência.
ASHIKALI, T.; GROENEVELD, S. Diversity management for all? An empirical analysis of diversity management outcomes across groups. Personnel Review, 2015. BEATTY, J. E.; BALDRIDGE, D. C.; BOEHM, S. A.; KULKARNI, M.; COLELLA, A. J. On the treatment of persons with disabilities in organizations: A review and research agenda. Human Resource Management, v. 58, n. 2, p. 119-137, 2019. SASSAKI, R. K.. Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Revista Nacional de Reabilitação (Reação), v. 12, n. 2, p. 10-16, 2009.