Resumo

Título do Artigo

NOVOS TEMPOS PARA OS GAYS NO MERCADO DE TRABALHO UM ESTUDO COM HOMOSSEXUAIS ATUANTES EM UMA STARTUP DO SUDESTE
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Palavras Chave

Homossexualidade
Organizações Orgânicas
Startups

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Diversidade, Diferença e Inclusão nas Organizações

Autores

Nome
1 - Carlos Gustavo Assis
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas - FACE/UFMG
2 - Cristiana Trindade Ituassu
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas
3 - Gabriel Aquino e Sarmento
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas - FACE

Reumo

O debate sobre diversidades tem se proliferado socialmente, gerando para as organizações novas demandas a atender, inclusive internamente. A população homossexual cresce sua presença no ambiente organizacional, apesar do preconceito e discriminação que sofrem. Felizmente, modelos organizacionais, como as organizações orgânicas e startups, têm sido estudados por promover um ambiente mais inclusivo e diverso, que atua em favor da inovação, por meio da valorização das pessoas, liderando o debate sobre diversidade nas empresas.
Diante do presente, o objetivo deste estudo foi compreender o que os novos modelos de organizar o trabalho das startups implicam em termos de diversidade sexual e respeito às diferenças, na visão de homens gays inseridos nessas empresas. O trabalho busca reforçar teoricamente os campos de estudo sobre homossexuais e sobre startups, dois objetos com pouco referencial teórico e de importância prática crescente.
As organizações, apesar de uma mudança no discurso público, aparentemente permanecem como espaços de reprodução da discriminação e preconceito comuns na sociedade. Por esse motivo, grande parte dos homossexuais não assume sua sexualidade no contexto profissional, evitando as sanções que poderiam acontecer, porém com impacto negativo em suas saúdes. Em oposição a isso, as Organizações Orgânicas, por valorizarem mais a diversidade, colhem bons frutos quanto à produtividade e criatividade da empresa, o que indica um cenário e caminho promissor.
O estudo é do tipo qualitativo e exploratório, feito por meio de uma entrevista semi-estruturada. A coleta dos dados foi realizada em uma startup de presença nacional e internacional, que conta com 100 funcionários, e foi representada por seu Chief Executive Officer e sua Gerente de Recursos Humanos. Além disso, cinco homens homossexuais relataram suas experiências no mercado de trabalho e na startup em questão, até a saturação nos temas abordados. O aprofundamento se deu por meu de Análise de Conteúdo temática e frequencial, tanto com categorias determinadas quanto com emergentes.
A análise foi ordenada em cinco categorias. A primeira alcançou o objetivo de identificar a empresa como uma organização orgânica, enquanto as demais, focadas nas perspectivas dos homens gays indicou bons resultados. Seus relatos diferenciam a organização do ambiente tradicional, e exemplificam como as situações de homofobia nessa empresa são raras e nunca os prejudicaram, pois a organização está focada nos resultados deles antes da orientação sexual. Relatam também, em uníssono, a efetividade das políticas de diversidade da startup.
Como conclusões, o estudo indica que o interesse na criativade e produtivade nas organizações orgânicas estimula um ambiente de diversidade. Os homossexuais que nela trabalham sentem que não são prejudicados por sua orientação e são abertos a divulgá-la, e creem que nela há uma força, uma vez que os torna diversos. A organização se mostra um ambiente adequado para os homossexuais, pois, ainda que não tenha conseguido abolir o preconceito no trabalho, já alcançou avanços na qualidade de vida destes.
CAPRONI NETO, H. L.; SARAIVA, L. A. S; BICALHO, R. A. Diversidade Sexual nas Organizações: Um Estudo sobre Coming Out. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração (UFF), v. 8, p. 86-103, 2014 CARRIERI, A. P.; AGUIAR, A. R. C. ; DINIZ, A. P.R. Reflexões sobre o indivíduo desejante e o sofrimento no trabalho: o assédio moral, a violência simbólica e o movimento homossexual. Cadernos EBAPE.BR (FGV), v. 11, p. 165-180, 2013. SIQUEIRA, M. V. S.; ZAULI-FELLOWS, A. Diversidade e Identidade Gay nas Organizações. GESTÃO.Org. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, v. 4, p. 3, 2006.