Turismo e Hospitalidade na Competitividade em Serviços
Autores
Nome
1 - Anna Beatriz Cautela Tvrzska de Gouvea UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI (UAM) - Vila Olímpia
2 - Antonio Benedito de Oliveira Junior Centro Universitário da FEI-SP - São Paulo
3 - Elizabeth Kyoko Wada UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI (UAM) - PPG em Hospitalidade
4 - Paulo Sergio Gonçalves de Oliveira UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI (UAM) - Vila Olímpia
Reumo
O crescente movimento de globalização, fusões e aquisições de empresas transnacionais e multinacionais impacta no aumento do número de executivos expatriados vivendo e trabalhando no exterior. Pela própria realidade de diversas empresas, com profissionais, parceiros e fornecedores presentes em vários continentes, há a necessidade de realocar sua força de trabalho para outros países. Isso está subjacente ao conceito de Global Mobility, provocando mudança na visão estratégica das empresas (Global Line, 2020).
Esta pesquisa tem por objetivo compreender de que maneira a gestão da hospitalidade, durante a mobilidade corporativa em consequência da expatriação, pode se tornar um fator de competitividade para a organização Mais especificamente, mensurar a relevância da hospitalidade e da gestão da mobilidade corporativa nos processos de expatriação e analisar a relação da hospitalidade e da gestão da mobilidade corporativa na adaptação e experiência de expatriação. Como a gestão da hospitalidade e da mobilidade corporativa durante o processo da expatriação é um fator de competitividade para a organização
Entendendo que a hospitalidade não tem um conceito único, Camargo (2004), Selwyn (2004), Telfer (2004) e Lashley (2004) concordam com essas variações de forma porque estão relacionadas com os espaços e os aspectos associados ao conforto, receptividade, generosidade, reciprocidade, sociabilidade, alimentação e lazer. A expatriação de profissionais para ocuparem cargos estratégicos em unidades de outros países tem como objetivo ampliar a competitividade de empresas multinacionais. Ou ainda para Takeuchi et al. (2007), uma alternativa para o desenvolvimento de habilidades globais.
Realizou-se uma pesquisa quantitativa para testar as hipóteses que foram analisadas por modelagem de equações estruturais (SEM) Os dados foram coletados por meio do envio do link com o questionário aos profissionais expatriados, especialistas em expatriação, grupo de profissionais que vivenciaram a experiência de mudança em função de oportunidade profissional, além de solicitar que as respectivas esposas ou maridos, quando pertinente, também respondessem o questionário
Os resultados também reforçam a importância da gestão da mobilidade corporativa na adaptação e experiência dos profissionais expatriados e familiares. Os cuidados da empresa com os profissionais e familiares antes, durante e por um período após a expatriação se mostraram importantes para a adaptação desses indivíduos no novo país de moradia, mesmo que temporária. O cuidado com a mobilidade de seu empregado, considerado como o hóspede no processo da hospitalidade, pode ser um efeito da cultura organizacional da empresa e oriundo de políticas de viagens corporativas a serem seguidas.
Esta pesquisa mostrou que existe relação direta entre a gestão da hospitalidade e da mobilidade corporativa nos processos de expatriação com a competitividade da organização. A crescente importância da mobilidade corporativa no atual cenário econômico, o fenômeno da expatriação praticado por organizações multinacionais e finalmente a escassez de estudos que correlacionam mobilidade corporativa, hospitalidade, expatriação e competitividade contribuíram para impulsionar este estudo.
Black, J. S., & Stevens, G. K. (1989). The Influence of the Spouse on Expatriate Adjustment and Intent to Stay in Overseas Assignments. Academy of Management Proceedings,
Caligiuri, P. M. (2000). Selecting expatriates for personality characteristics: A moderating effect of personality on the relationship between host national contact and cross-cultural adjustment. MIR: Management International Review, 61-80.
Camargo, L. O. d. L. (2003). Os domínios da hospitalidade. Hospitalidade: cenários e oportunidades. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 61-71.