Florescimento no Trabalho
Florescer
Gestão de Pessoas e Comportamento Organizacional
Área
Gestão de Pessoas
Tema
Bem-estar e Mal-estar no trabalho
Autores
Nome
1 - Michel Barboza Malheiros UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Centro de Ciências Sociais e Humanas
2 - Taís de Andrade UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Administração
3 - Vanessa Piovesan Rossato UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Ciências Sociais Aplicadas
4 - GABRIELLE LOUREIRO DE ÁVILA COSTA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Administração - ufsm
5 - Roger da Silva Wegner UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - PPGA
Reumo
O termo “florescimento” tem origem na botânica e se refere ao brotamento das flores. Considerando os Estudos Organizacionais Positivos como um movimento que busca estabelecer ambientes de trabalhos mais saudáveis com trabalhadores mais saudáveis o florescimento no trabalho acontece quando os trabalhadores experimentam um alto grau de bons relacionamentos interpessoais, otimismo, competências profissionais, satisfação com o trabalho e consigo mesmo (MENDONÇA et al. 2014). Estudos apontam os efeitos positivos do florescimento sobre o engajamento.
Considerando a relevância do florescimento no trabalho para os EOP, este artigo traz uma revisão da literatura com a seguinte problemática: “Qual o estado da arte e caminhos percorridos sobre o florescimento no trabalho?”. Assim sendo, o objetivo deste artigo consiste em analisar o panorama atual da produção científica internacional, propondo uma agenda de pesquisa.
O florescimento no trabalho despertou a atenção de diversos pesquisadores, ao perceberem que este se refere a um estado de saúde mental positivo, no qual os trabalhadores funcionam em dimensões psicológicas e sociais (REDELINGHUYS; ROTHMANN; BOTHA, 2018). Na perspectiva dos Estudos Organizacionais Positivos, o florescimento contribui para a busca de melhores indivíduos trabalhando em melhores organizações, que procuram contribuir não só para si próprio, mas para uma sociedade e organizações com maior bem-estar.
Por meio da revisão sistemática da literatura com análises bibliométricas, foi possível identificar a evolução do campo, periódicos que mais publicaram sobre o tema e os top 5 artigos mais citados. Os países mais produtivos e com parceria puderam ser identificados em nossa análise. Os resultados revelaram a criação de clusters por meio de uma rede de agrupamento de palavras e análise dos principais artigos que os compõem. Constatamos que o engajamento e bem-estar são os temas mais associados ao tema. Identificamos lacunas de pesquisa que guiaram a proposição de uma agenda de pesquisa.
Identificamos três tendências de pesquisa, por meio de três clusters obtidos na análise de conteúdo. A primeira delas se refere ao florescimento e às abordagens de bem-estar, a segunda tendência se refere ao bem-estar e a última tendência de pesquisa se refere ao florescimento e ao engajamento no trabalho. Estas tendências estão fortemente alinhadas à perspectiva organizacional, o que reforça o nosso argumento em explorar o florescimento especificamente neste contexto. Mencionamos a utilização de uma única base de dados, como uma limitação, que para a nossa proposta, nos pareceu mais adequada.
KEYES, C. L.; HAIDT, J. Flourishing: positive psychology and the life well lived. Washington, DC: American Psychological Association, 2003.
MENDONÇA, H. et al. Florescimento no trabalho. In: SIQUEIRA, M. M. M. (Org). Novas medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e gestão. Porto Alegre: Artmed, 2014. p. 172-177.
REDELINGHUYS, K.; ROTHMANN, S.; BOTHA, E. Workplace flourishing: measurement, antecedents and outcomes. Sa Journal Of Industrial Psychology, v. 45, n. 1, p. 1-11, 2019.