Resumo

Título do Artigo

QUALIDADE DE VIDA NO TELETRABALHO: um estudo de caso no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
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Palavras Chave

Teletrabalho
Qualidade de Vida
Setor Público

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Erlando Bruno Bessa Júnior
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Pampulha
2 - Cristiana Trindade Ituassu
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas

Reumo

O homem, ao desenvolver as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), promove mudanças paradigmáticas em todos os setores da sociedade. No âmbito do trabalho, novos modelos organizacionais e, consequentemente, diferentes formas de os indivíduos se relacionarem com as organizações têm sido cada vez mais frequentes, entre as quais o Teletrabalho. Neste contexto, muito se fala sobre mudanças organizacionais, produtividade, competitividade, novas tecnologias, mas pouca atenção é dada ao elemento central desse processo de mudança: o trabalhador. Neste ponto, a QVT ganha relevância.
Problema de Pesquisa: Como os servidores teletrabalhadores do TJMG percebem sua qualidade de vida no teletrabalho? Objetivo Geral: Analisar as percepções dos servidores teletrabalhadores do TJMG, em relação à sua qualidade de vida no teletrabalho. Objetivos Específicos: Identificar as principais fontes de bem-estar e mal-estar no teletrabalho no contexto do TJMG; Analisar as percepções dos teletrabalhadores concernentes à Qualidade de Vida no Teletrabalho de forma geral e quanto aos 5 fatores constituintes da QVT de acordo com Ferreira (2012).
Para o desenvolvimento deste estudo, identificou-se a abordagem da Ergonomia da Atividade Aplicada à Qualidade de Vida no Trabalho (EAA_QVT), segundo Ferreira (2012). Foi escolhida por ser uma abordagem humanista no estudo da QVT, opondo-se à visão funcionalista e à tratativa do indivíduo como um mero recurso, variável ou engrenagem a ser ajustada ao contexto com base no discurso ideológico de alavancar crescimento, ganhos econômicos e produtividade.
Este estudo exploratório-descritivo adotou abordagem qualitativa, configurando um estudo de caso realizado no TJMG (GIL, 2017). Como técnica de coleta de dados, adotou-se a entrevista semi-estruturada realizada com 13 servidores, escolhidos por acessibilidade e conveniência (VERGARA, 2004), num universo de 323 teletrabalhadores abrangidos pela Portaria Conjunta n. º 493/PR/2016.
Os dados foram tratados pela análise de conteúdo de acordo com Bardin (2011). As categorias foram pré-determinadas seguindo os fatores constituintes da QVT de acordo com o modelo de EAA_QVT de (FERREIRA, 2012).Assim sendo, ao passo que as falas dos entrevistados eram analisadas, seu conteúdo era encaixado em uma das cinco categorias. Tal fato, contudo, não impediu a criação de uma nova categoria: legislação. Esta mereceu um espaço à parte, dadas a frequência e a relevância com que apareceu na análise.
As percepções dos participantes do estudo sobre a QVTT são majoritariamente positivas e, quando são majoritariamente positivas, entende-se que há bem-estar e, consequentemente, QVT. Embora até o momento seja promotor de QVT, corre o risco de assumir um trajeto perigoso: caminhando para a transformação do trabalhador em um prestador de serviço facilmente intercambiável, sem identidade laboral, que não se reconhece no trabalho nem se identifica com a organização, descomprometido com a prestação jurisdicional. Um trabalhador perdido na burocracia que desconecta a ação da finalidade do trabalho.
ANTLOGA, C. S.; DO CARMO, M. M.; TAKAKI, K. T. O que é qualidade de vida no trabalho? Revista Trabalho (En) Cena, v. 1, n. 1, p. 132–142, 2016. FERREIRA, M. C. Qualidade de Vida no Trabalho: Uma Abordagem Centrada no Olhar dos Tabalhadores. 1a Edição ed. Brasília: Editora LPA, 2012. FILARDI, F.; CASTRO, R. M. P. DE; ZANINI, M. T. F. Vantagens e desvantagens do teletrabalho na administração pública: análise das experiências do Serpro e da Receita Federal Cadernos EBAPE.BR, v. 18, n. 1, p. 28–46, 1 abr. 2020. PYÖRIÄ, P. Managing telework: risks, fears and rules. Management Research Review, v. 34