Resumo

Título do Artigo

Contribuições da Terapia Cognitivo-Comportamental nos Processos de Transição na Carreira Profissional
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Palavras Chave

transição de carreiras
ansiedade
terapia cognitivo comportamental

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Carreiras de Pessoas e Organizações

Autores

Nome
1 - IACI MARIA CODESPOTI MUNIZ
IPCS Instituto de Psicologia e Controle do Stress - São Paulo
2 - Lina Eiko Nakata
Fundação Instituto de Administração - FIA - Proced

Reumo

Observa-se que em processos de transição de carreiras, há momentos de elaboração do luto da identidade anterior para dar lugar a uma nova, e este processo pode ser mais ou menos doloroso para os profissionais que o vivenciam de acordo com suas histórias de vida prévias, crenças e valores. No geral, há certo grau de ansiedade pelo que há de vir ou pela nova trajetória pela profissional que está surgindo. Em alguns casos, como em processos de demissão involuntária, pode haver a presença de maior sofrimento pela perda da posição ocupada e a angústia frente ao desconhecido (Ibarra, 2004).
Como os profissionais em transição de carreira podem evoluir se acometidos com sintomas de ansiedade e depressão? Como técnicas de enfrentamento da ansiedade e depressão podem colaborar com o processo de transição de carreira? Como a psicoeducação pode contribuir no sucesso do processo dessa transição? O objetivo é apresentar a terapia cognitiva comportamental como contribuição nos atendimentos aos profissionais que passam por transição de carreiras e são acometidos por sentimentos de ansiedade e depressão, uma vez que se trata de um tratamento psicoterápico baseado em evidências.
Ibarra (2004) se baseia em duas proposições para as transições de carreira, que são: 1) a identidade profissional não é única e não é encontrada no interior das pessoas, mas é proveniente de um conjunto de experiências e possibilidades; 2) o processo se baseia num processo de redefinição destes selves culminando com o que ela denomina identidade profissional. Beck (2013) explica que as terapias cognitivo-comportamentais não apenas reduzem rapidamente o sofrimento das pessoas e as encaminha à remissão, mas também as ajuda a permanecer com bem-estar.
A teoria de Beck visa trazer o alívio dos sintomas e garantir uma transição de carreira com menor grau de ansiedade, o que pode trazer escolhas alinhadas aos anseios, desejos, e habilidades interpessoais e técnicas do profissional em questão. Presume-se que na situação ou evento, pode-se citar o processo de demissão e/ou reflexão profissional e como ela é percebida, compreendendo quais emoções e comportamentos suscitam neste momento e como o terapeuta pode intervir para a mudança da percepção (avaliação cognitiva) e contribuir para a aquisição de novo repertório de emoções e comportamentos.
Apresentou-se a terapia cognitivo-comportamental como contribuição nos atendimentos aos profissionais que passam por transição de carreiras e são acometidos por sentimentos de ansiedade e depressão. Carreira foi e ainda é vista e vinculada por alguns profissionais com a ideia de crescimento vertical que configura progresso profissional do trabalhador; nos últimos anos, o conceito transcende essa ideia e carreira está relacionada ao aspecto subjetivo em que o trabalhador é visto como agente ativo e passivo, ocupando posição nesta coletividade de escassas possibilidades de ascensão e mudanças.
Beck, J. (2013). Terapia cognitivo-comportamental: Teoria e prática. 2a ed. Porto Alegre: Artmed. Dutra, J. S. (2010). Gestão de Carreiras na Empresa Contemporânea. São Paulo: Atlas. Ibarra, H. (2004). Working Identity: Unconventional Strategies for Reinventing Your Career. Boston: Harvard Business Scholl Press.