Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE DO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO DE UBERLÂNDIA-MG: CONFIGURAÇÃO, RESULTADOS E POSSIBILIDADES
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Palavras Chave

Ecossistema de Inovação
Quádrupla Hélice
Papel dos Agentes

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Cluster, Redes de Negócios e Cooperação

Autores

Nome
1 - Guilherme Augusto Paula Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Santa Mônica
2 - Janaína Maria Bueno
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN - Faculdade de Gestão e Negócios

Reumo

Por ser um tema relativamente novo e ainda não totalmente definido, na literatura são encontrados diferentes definições, características e atores-chaves acerca dos ecossistemas de inovação, sendo necessário discutir tais nuances, fases de desenvolvimento, formas de avaliação de ações e resultados para contribuir com o avanço do tema, permitir analisar diferentes contextos e tecer relações com outros construtos. De acordo com Bruns et al (2017), um ecossistema de inovação pode significar um agrupamento de agentes em diferentes espaços geográficos como as cidades, regiões, estados e até países.
Esta pesquisa tem por objetivo analisar o ecossistema de inovação de Uberlândia-MG, chamado de UberHub, no que tange à configuração formada a partir de suas características, a presença e atuação dos agentes envolvidos, os resultados apresentados e perspectivas para seu futuro. A pesquisa foi do tipo exploratória-descritiva, de abordagem qualitativa, com procedimento técnico de estudo de caso e coleta de dados feita a partir de pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas com representantes das organizações que são agentes do UberHub.
Os ecossistemas de inovação são gerados e mantidos por seus membros participantes, onde a flexibilidade na estrutura e a cooperação dos envolvidos são peças-chave para um ambiente inovador (GONÇALVES; MACHADO; DALFOVO, 2017). E proporcionam estímulos para o desenvolvimento empreendedor e de inovação desde o nascimento da ideia até concretização da organização focada em tecnologia e inovação (SILVA, SÁ, SPINOSA, 2019) dependendo para isso de articulação entre seus agentes e atuação de lideranças (DEDEHAYIR; MÄKINEN; ORTT, 2018).
A pesquisa foi do tipo exploratória-descritiva, pois a partir da identificação das características e agentes constituintes do UberHub foi possível descrever os papéis e interações, examinando a sua configuração e resultados obtidos. A coleta de dados foi feita em duas etapas: i) pesquisa documental junto à Prefeitura de Uberlândia, ao SEBRAE, instituições de ensino e empresas de base tecnológica envolvidas nas atividades do UberHub; e ii) entrevistas semiestruturadas com 12 representantes das instituições constituintes e agentes do ecossistema, e utilizada análise de conteúdo.
O Uberhub tem sido referência na região/país como mostra a ABStartups, mas encontra-se em desequilíbrio, dois de seus agentes não estão atuando como deveriam (poder público e academia). Por mais que ações os envolvendo com os demais continuem acontecendo, são papeis coadjuvantes e de menor relevância. Por isso, as empresas têm tomado à frente das ações para que o ecossistema não fique em estado latente, assemelhando-se ao período inicial quando tratava-se de uma rede de negócios. Por isso dependem de indivíduos chaves que se destacam e personificam o ecossistema de inovação perante os demais.
Partindo de uma rede de negócios, diferentes esforços ao longo dos anos resultaram na criação do ecossistema UberHub, caracterizado por relações marcadamente individuais antes de serem institucionais, com estrutura de comunicação voltada para a aprendizagem coletiva e intercâmbio de ideias/práticas. O ecossistema pôde ser compreendido com a abordagem da quádrupla hélice, entendendo que apesar de já apresentar resultados expressivos, ainda é suscetível à participação e empenho de indivíduos específicos e sofre com altos e baixos nas ações e interações entre seus agentes institucionais.
BRUNS, K., BOSMA, N., SANDERS, M., SCHRAMM, M. Searching for the existence of entrepreneurial ecosystems: A regional cross‐section growth regression approach. Small Bus. Econ., v. (1), n. 49, p. 31–54, 2017. DEDEHAYIR, O.; MAKINEN, S. J.; ORTT, J.; R. Roles during innovation ecosystem genesis: A literature review. Tech. Forec. & Social Change 136, p. 18–29, 2018. SILVA M. V. G., SÁ D.; SPINOSA, L. M. Ecossistemas de inovação: Proposta de um modelo de governança para o exército brasileiro. Brazilian Journal of Management & Innovation v.6, n.3, Maio/Agosto – 2019.