1 - Julia Moraes Piccolomini UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - EAD Pecege
2 - Edison Quirino D'Amario Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - SÃO PAULO
Reumo
Os estudos sobre diversidade e inclusão têm ganhado destaque na literatura de gestão de pessoas desde início dos anos 1990, conforme aponta Mor Barak (2005). A heterogeneidade da população brasileira justifica a preocupação com a diversidade nas organizações. Autores como Plummer (2001) ressaltam que as organizações perceberam que a diversidade poderia significar melhores negócios e, consequentemente, maiores lucros. Por conseguinte, alguns estudiosos passaram a entender a diversidade como algo benéfico para a organização.
Davidson e Ferdman (2002) acreditam que a inclusão acontece em apenas dois níveis, o individual e o organizacional. O nível individual trata da necessidade de fazer parte do ambiente social como um todo, que há muito tem sido reconhecido como o centro do bem-estar psicológico humano, e no nível organizacional é tratado por meio das práticas e políticas que fomentam a inclusão.
Nesse sentido, pretende-se nesse estudo verificar a percepção de PCDs (pessoas com deficiência) que estejam trabalhando no momento da pesquisa sobre a experiência de inclusão nos ambientes de trabalho.
Esta pesquisa buscou compreender como as Pessoas com Deficiência que estavam trabalhando no momento da pesquisa, fossem elas admitidas por força da lei de cotas ou não, percebem a sua inclusão no ambiente de trabalho, ou seja, a percepção de serem aceitas, valorizadas, respeitas, fazerem parte do sistema organizacional formal e informal, entre outras características que compõem a definição de inclusão.
Realizou uma pesquisa quantitativa por meio de uma escala desenvolvida por Ferdman et al (2009) com o título de Escala de Experiência de Inclusão.
Os resultados indicam que o mercado de trabalho ainda tem muito espaço para garantir uma melhor experiência de inclusão para as pessoas com deficiência. É necessário que as empresas invistam em ações de conscientização e no desenvolvimento de líderes e grupos de trabalho para uma cultura mais inclusiva, acolhedora e justa para as pessoas com deficiência.
A contribuição tecnológica-social deste estudo está pautada no entendimento da diferença entre inclusão e inserção no mercado de trabalho.