Resumo

Título do Artigo

Adesão das Agtechs às práticas de Governança Corporativa no ecossistema do município de Londrina (PR)
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Palavras Chave

Startups Agrícolas
Adoção de práticas
Informação

Área

Agribusiness

Tema

Governança e Sucessão

Autores

Nome
1 - LETICIA DE SOUZA BADDAUY
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL) - Londrina
2 - Paulo Henrique Bertucci Ramos
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade

Reumo

Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC (2015), governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoras e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. Pode-se dizer que as organizações criam mecanismos de governança para lidar com a assimetria de informações decorrentes da delegação de poder.
Entretanto, a atividade empreendedora de base tecnológica, desenvolvida por empresas conhecidas como startups, nem sempre foi vista como atividade empresarial a ser gerida com emprego de governança, por se tratarem de negócios novos, muitas vezes informais, com uma dinâmica muito mais ágil que os empreendimentos tradicionais. Diante do apresentado, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o grau de adesão da atividade de empreendedorismo tecnológico de base agrícola, as Agtechs, às práticas de Governança Corporativa no Município de Londrina.
As agtechs são startups atreladas ao agronegócio. O investimento de terceiros, é uma modalidade de financiamento por capital de risco normalmente utilizada por startups para financiar suas atividades (Ramadani,2009). Uma peculiaridade dessas modalidades de investimento é que, além do capital liberado para a empresa, ocorre envolvimento do investidor nas decisões administrativas da empresa (Spina,2013). Para que os investidores tenham pleno acesso as decisões administrativas das startups é necessário a adoção de práticas de governança corporativa.
Há presença de sociedades anônimas, tipo societário juridicamente sofisticado, indica plano de crescimento das Agtechs. Grande parte dos respondentes encontra-se em estágio avançado de desenvolvimento, revelando sua boa estrutura organizacional. O faturamento dos respondentes ainda não está compatível com os demais indicadores de seu desenvolvimento. Investidores têm depositado confiança nas Agtechs entrevistadas. Como as startups sequer costumam possuir solidez patrimonial, este pode ser um indicativo de percepção da governança nos empreendimentos.
Foi possível, ao final, constatar que o espaço amostral investigado, Município de Londrina (PR), desenvolveu uma sensível maturidade na consciência sobre as vantagens das práticas de governança corporativa para startups do agronegócio. Os empreendimentos investigados já saltaram do total desconhecimento para a adoção de diversas práticas, encontrando-se prontos para seu aprimoramento.
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa [IBGC]. (2015). Código das melhores práticas da governança corporativa. 5.ed. IBGC, São Paulo, SP, Brasil. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa [IBGC]. (2019). Governança Corporativa para Startups e Scale-ups: Práticas e Percepções. IBGC, São Paulo, SP, Brasil. Ramadani, V. (2009). Business angels: who they really are. Strategic Change,18(7-8), 249-258. Spina, C. A. (2013). Investidor anjo: Como conseguir investimento para o seu negócio. São Paulo: Ed. Nversos,