Resumo

Título do Artigo

Grupos Estratégicos e Desempenho na Educação Superior no Brasil
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Palavras Chave

Grupos estratégicos
Educação Superior
Tipologia de Estratégias Genéricas

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva Baseada em Recursos e na Organização Industrial

Autores

Nome
1 - Marcus Rodrigues Peixoto
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO (PUC-RIO) - IAG
2 - Mariana Simões de Alcantara
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO (PUC-RIO) - IAG
3 - Jorge Ferreira da Silva
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO (PUC-RIO) - IAG

Reumo

Indústria de educação superior presencial privada no Brasil sofre elevadas pressões competitivas, em um ambiente extremamente pulverizado e heterogêneo. Tendências são de contínuo arrefecimento competitivo e impactos sobre resultados das IES. Há baixo conhecimento do ambiente competitivo por parte das IES. Percebe-se a possibilidade de existência de grupos estratégicos nesta indústria e, assim, de desempenhos semelhantes entre IES de um mesmo grupo e distinto entre eles. Compreender os impactos das decisões estratégicas das IES sobre seus desempenhos torna-se crítico no cenário atual.
Problema Qual o impacto das decisões estratégicas das IES presenciais privadas brasileiras, na ótica de tipologias de estratégias genéricas, sobre seus desempenhos? Objetivos Avaliar o impacto das decisões estratégicas, com base nas tipologias Porter e Mintzberg, sobre o desempenho das IES na indústria da pesquisa Avaliar existência de grupos estratégicos na indústria da pesquisa e sua aderência às tipologias de Porter e Mintzberg Gerar base conceitual de variáveis estratégicas e desempenho, (quantitativa e com proxies para todas variáveis) Avaliar o desempenho das IES "stuck-in-the-middle"
Analisa-se as correntes teóricas de estratégia empresarial e desempenho, incluindo as vertentes mais relacionadas aos recursos internos (ex.: Rumelt e Teece) e à indústria (ex.: Bain e Porter) como fatores-chave para o desempenho das empresas. O tema dos grupos estratégicos é analisado sobre a ótica de sua relação com o desempenho das empresas, bem como a seleção de estratégias genéricas, analisadas sobre as tipologias de Porter e Mintzberg. As variáveis estratégicas e desempenho da indústria são selecionadas em base à pesquisa bibliográfica, conhecimento tácito e consulta com especialistas.
Análise quantitativa de amostra não-probabilística com 21 empresas com 258 IES e 1.2 milhão de alunos presenciais. dados do período 2016-2020 Avaliação de 12 variáveis estratégicas, 3 de desempenho e 5 de forças da indústria Geração de proxies para cada variável Estudos de confiabilidade e dimensionalidade gerando 4 fatores estratégicos (Prestígio, Captação, Eficiência Operacional e Tradição). Geração e validação estatística de clusters (K-means e MANOVA) Aderência comprovada (teste de Wilcoxon) Testes estatísticos (descritivos e Tamhane) para avaliação do stuck-in-the-middle
Validação estatística da existência de clusters na indústria. Comprovação de aderência para Porter e Mintzberg. IES "stuck-in-the-middle" com desempenhos médios, em geral, inferiores aos demais grupos, tanto para desempenho quanto para as forças da indústria, com significância estatística frente ao grupo enfoque em diferenciação. Análises de riscos e oportunidades apontam ausência de eficiente cobertura das demandas de todos stakeholders, com potencial desbalanceamento entre objetivos financeiros e não-financeiros. Robustez do modelo comprovada pela comparação dos resultados obtidos.
Testes estatísticos utilizando proxies elaboradas com dados para o período 2016-2020, associados a 21 instituições e grupos educacionais distribuídos pelo Brasil, sugerem a existência de grupos estratégicos nesta indústria e sua aderência às tipologias de Porter e Mintzberg. Em linha com a literatura da área, as IES “stuck-in-the-middle” apresentaram, em geral, desempenho inferior aos demais grupos estratégicos, porém com significância estatística apenas em comparação ao grupo com enfoque em diferenciação. Desbalanceamento nos desempenhos financeiros e não-financeiros a ser observado pelas IES
Porter (1980) Competitive Strategy, New York: Free Press; (2008) The Five Competitive Forces that Shape Strategy. Harvard Business Review, 78-94. Mintzberg (1988) Generic strategies: toward acomprehensive framework. In: Shrivastava, P. (Ed.). Advances in strategic management. Greenwich, Conn.: Jay Press, 5, 1-67 Freeman, R.E., Phillips, R., & Sisodia, R. (2018). Tensions in Stakeholder Theory. Business & Society, 1-19. Short, J.C., Ketchen Jr., D.J., Palmer, T.B., & Hult, G.T.M. (2007) Firm, Strategic Group, and Industry Influences on Performance. Strategic Management Journal, 28, 147-167.