Resumo

Título do Artigo

CONTRATOS DE SUSTENTAÇÃO DE VALOR: UMA ESTRUTURA DE GOVERNANÇA PARA ATIVOS ESPECÍFICOS, ESTRATÉGICOS E DIFÍCEIS DE MENSURAR
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Palavras Chave

Vantagem Competitiva Sustentável;
Estrutura de Governança;
Dimensões Mensuráveis dos ativos;

Área

Agribusiness

Tema

Estratégia e Competitividade

Autores

Nome
1 - Eliana Cunico
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) - marechal cdo rondon
2 - José Paulo de Souza
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Departamento de Administração
3 - Sandra Mara de Alencar Schiavi
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPA/ UEM)

Reumo

Esforços vêm sendo empreendidos no sentido de discutir o desenvolvimento de estratégias de coordenação que permitam gerar e sustentar valor diante da competitividade vigente em torno dos sistemas de agronegócio. Assim, a concorrência, as mudanças no ambiente institucional e o avanço das tecnologias são fatores responsáveis pelas transformações no agronegócio, em especial, na produção de alimentos que exigem formas de coordenar ações efetivas na sobrevivência e crescimento dos agentes
Problema: “Como uma estrutura de governança pode coordenar recursos estratégicos compartilhados a fim de gerar e sustentar vantagens competitivas por meio da redução dos custos de transação, proteção e distribuição de valor?” Objetivo: Compreender de que forma uma adequada estrutura de governança, diante da interdependência no SAG, pode ser capaz de reduzir custos de transação e de mensuração, além de influenciar na geração e sustentação de vantagem competitiva diante da presença de ativos específicos, estratégicos e difíceis de mensurar.
Como proposta teórica apresenta-se um modelo analítico de complementaridade (RBV + ECT + ECM) buscando a unificação das unidades de análise, propondo-se que a coordenação da transação seja via Contratos de Sustentação de Valor. Nesse caso, os atributos de cada transação (ECT), as dimensões mensuráveis dos ativos (ECM) e os recursos e condições estratégicas (RBV), são responsáveis por maximizar a geração e a proteção de valor sempre que, mesmo diante de ativos específicos e estratégicos, a integração vertical não puder ser aplicada, por conta de alguma interdependência entre segmentos do SAG.
A aplicação empírica da proposta teórica foi desenvolvida de modo complementar no SAG Piscícola do Oeste Paranaense, por meio de uma abordagem qualitativa, exploratória-descritiva. Os dados foram oriundos de entrevistas, observação, pesquisa documental e bibliográfica. A coleta de dados primários, envolveu 51 entrevistas, foram submetidos a análise de conteúdo, com auxílio do software MAXQDA®.
Como principal resultado, propõe-se os “Contratos de Sustentação de Valor (CSV)” como uma estrutura de governança eficiente, a partir da organização vertical a competitividade horizontal no segmento produtor, com base em incentivos que recompensem com rendas ricardianas e com vantagens estratégicas, amparadas na mensuração. Além do modelo, foram identificadas as estruturas de governança, as especificidades do ativo transacionado, os custos de transação e os custos de mensuração, os atributos e os recursos e condições estratégicas para Vantagens Competitivas Sustentáveis.
Neste trabalho foram analisados os recursos e as condições estratégias, a estrutura de governança e os atributos mensuráveis das transações, com foco nos produtores e processadores da piscicultura no Oeste do Paraná. Nesse sentido, o presente trabalho atingiu o objetivo geral uma vez que demonstrou como, em complementaridade, a coordenação de recursos estratégicos a partir de uma adequada estrutura de governança e da mensuração, pode maximizar a eficiência das transações e proporcionar vantagens competitivas sustentáveis aos segmentos produtor e processador que integram o SAG analisado.
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