Resumo

Título do Artigo

EFEITOS CERTEZA, REFLEXÃO E ISOLAMENTO: UMA APLICAÇÃO DA TEORIA DOS PROSPECTOS
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Finanças Comportamentais
Teoria dos Prospectos
Vieses de Racionalidade

Área

Finanças

Tema

Decisões de Investimento

Autores

Nome
1 - Rafael Biondi Soares
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Ribeirão Preto
2 - Tabajara Pimenta Junior
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - FEA-RP
3 - MARCIA MITIE DURANTE MAEMURA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN
4 - Luiz Eduardo Gaio
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) - Faculdade de Ciências Aplicadas
5 - Rafael Confetti Gatsios
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Departamento de Contabiidade - FEARP - USP.

Reumo

desvios cognitivos, heurísticas e atalhos mentais afetam a análise das informações. A ação tomada pode diferir daquela esperada de um "homo economicus”, livre de falhas e imperfeições, e prevista na exatidão da modelagem matemática do comportamento de indivíduos. Várias pesquisas constataram a ocorrência dos efeitos Certeza, Reflexão e Isolamento, propostos por Kahneman e Tversky (1979), que expressam desvios de racionalidade estrita quando as pessoas tomam decisões, em especial no âmbito financeiro
Pessoas com maior nível de conhecimentos prévios em finanças são menos suscetíveis aos efeitos Certeza, Reflexão e Isolamento, propostos por Kahneman e Tversky (1979)? O objetivo desse trabalho foi o de comparar as decisões tomadas por dois grupos de pessoas: um composto por pessoas com conhecimentos prévios em finanças e outro composto por pessoas sem tais conhecimentos, visando comprovar a hipótese de que as pessoas do primeiro grupo são menos suscetíveis aos vieses de racionalidade que caracterizam os efeitos.
O estudo de Kahneman e Tversky (1979) foi seminal para as Finanças Comportamentais, uma nova abordagem que considera que aspectos emocionais e comportamentais afetam as decisões. O Efeito Certeza surge porque as pessoas preferem ganhos certos, a ganhos maiores com probabilidades altas de ocorrência. O Efeito Reflexão surge porque as pessoas são mais avessas ao risco no campo dos ganhos do que no campo das perdas. No efeito isolamento, as pessoas tendem a ignorar aspectos que são comuns às alternativas em consideração e focam sua análise sobre os aspectos que as diferenciam.
Foram aplicados questionários com 16 questões a 113 respondentes, 58 universitários da área de negócios, e 55 universitários de outras áreas. As questões apresentavam duas alternativas de resposta cada e foram divididas em blocos que contemplavam os vieses (efeitos) investigados. A análise das respostas foi feita com base no Teste Qui-Quadrado de Independência, que verificou se duas variáveis categóricas, denominadas Tipo de Curso e Questão n, mostravam ou não diferenças no padrão de resposta de ambos os grupos. Foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences – SPSS.
Os resultados mostraram que as respostas dos alunos com formação universitária em progresso em cursos de graduação da área de negócios, com disciplinas voltadas às finanças, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes em relação às respostas dos alunos com formação em progresso em cursos de outras áreas.
Independente da formação universitária, os alunos (respondentes) sofrem com os mesmos vieses de racionalidade e manifestam os efeitos certeza, reflexão e isolamento, propostos por Kahnemann e Tversky (1979). Supostos conhecimentos prévios em finanças não fizeram diferença na ocorrência dos efeitos.
comportamentais. Revista de Administração FACES Journal, v. 14, n. 4, p. 75-95, 2015. KAHNEMANN, D.; TVERSKY, A. Prospect theory: an analysis of decision under risk. Econometrica, v. 47, n. 2, p. 263-291, 1979. KIMURA, H.; BASSO, L. F. C.; KRAUTER, E. Paradoxos em finanças: teoria moderna versus finanças comportamentais. Revista de Administração de Empresas, v. 46, n. 1, p. 41-58, 2006.