Resumo

Título do Artigo

Negócios Sociais e Inovação Social: um retrato da experiência brasileira
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Palavras Chave

Empreendedorismo social
Inovação social
Negócio social

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Social

Autores

Nome
1 - Graziella Maria Comini
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Administração
2 - ROSA MARIA FISCHER
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Depto de Administração
3 - Edison Quirino D'Amario
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - SÃO PAULO

Reumo

A emergência e expansão de empreendimentos sociais em diferentes partes do globo faz com que este fenômeno seja foco de estudo das ciências administrativas, tanto para conhecer suas características empíricas quanto para estender-lhe os conhecimentos provenientes da teoria das organizações e as possibilidades de modelar ferramentas apropriadas de gestão. O empreendedorismo social representa uma das inovações mais notáveis na sociedade civil global nos últimos tempos (Nicholls & Collavo, 2019).
Este trabalho teve como objetivo contribuir para o avanço do campo de estudos sobre negócios sociais, particularmente sob a dimensão de inovação social. Optou-se por uma abordagem qualitativa que tem como fundamento a busca pela proximidade em relação ao objeto estudado de forma a entender os elementos contextuais e suas interrelações com mais profundidade.
Pode-se encontrar na literatura três principais correntes que explicam os negócios sociais. A perspectiva europeia, nascida da tradição de economia social (associativismo e cooperativismo), enfatiza a atuação de organizações da sociedade civil com funções públicas. A perspectiva norte-americana, para a qual esses negócios são organizações privadas com lógica de mercado dedicadas a soluções de problemas socioambientais.
O estudo caracterizou-se como uma pesquisa descritiva-exploratória. O método utilizado foi estudo de múltiplos casos, o qual tem a vantagem de permitir a identificação de similaridades e diferenças. Foi criada uma “régua” que permitiu classificar a lógica de atuação dos negócios sociais analisados.
Evidenciou-se que os negócios sociais não são homogêneos em seu modus operandi: aqueles com uma lógica social têm preocupação com a profundidade na geração de valor socioambiental, mas suas inovações são implementadas em menor escala; por outro lado, os negócios sociais com uma lógica de mercado, não possuem a intencionalidade de gerar valor socioambiental em diferentes dimensões e se preocupam com maior abrangência de suas inovações.
Todos os negócios sociais mapeados na pesquisa Brasil27 podem ser considerados híbridos nos seus modelos organizacionais uma vez que a geração de valor socioambiental e resultado financeiro fazem parte de sua missão. No entanto, o grau de hibridismo não é homogêneo. Foi possível criar uma régua com fatores que classificavam os negócios sociais de acordo com seu posicionamento (lógica de mercado x lógica social).
Austin, J., Stevenson, H., & Wei-Skillern, J. (2006). Social and commercial entrepreneurship: Same, different, or both? Entrepreneurship: Theory and Practice, v. 30, n. 1, p. 1–22. Barki, E., Comini, G., Cunliffe, A., Hart, S., & Rai, S. (2015). Social Entrepreneurship and Social Business: Retrospective and Prospective Research. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 55, n. 4, p. 380–384. D’Amario, E. Q., & Comini, G. M. (2020). Social Innovation in Brazilian Social Entrepreneurships: A proposed scale for its classification. RGBN Revista Brasileira de Gestão de Negócios.