Resumo

Título do Artigo

COMO A COVID-19 AFETOU O SETOR DE TRANSPORTES NO BRASIL? – UMA ABORDAGEM BASEADA EM ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA)
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Palavras Chave

Análise Envoltória de Dados
Análise de agrupamentos
Impacto do COVID-19 no transporte

Área

Artigos Aplicados

Tema

COVID-19 em Artigos Aplicados

Autores

Nome
1 - Paulo Nocera Alves Junior
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - USP/ESALQ/ESALQ-LOG
2 - Isotilia Costa Melo
Escola de Engenharia de São Carlos - EESC - Engenharia de Produção
3 - Fernando Vinícius da Rocha
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - ESALQ
4 - Rodrigo de Moraes Santos
Escola de Engenharia de São Carlos - EESC - Departamento de Engenharia de Produção
5 - José Vicente Caixeta Filho
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - ESALQ

Reumo

Em janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a COVID-19 como uma pandemia global. Ao chegar ao Brasil, governadores e prefeitos adotaram medidas de isolamento social para conter a proliferação da doença. Para o setor de transportes, os impactos econômicos dessas medidas devem ser sentidos de maneiras distintas de acordo com a distribuição dos níveis de atividades essenciais e atividades não-essenciais e região de atuação.
Diante do problema, Confederação Nacional dos Transportes (CNT) fez várias pesquisas junto aos agentes de vários subsetores para entender a percepção deles sobre os impactos da pandemia. Ao todo, 11 subsetores foram analisados: portuário, agente marítimo, operador logístico, metroferroviário, rodocarga, navegação interior, aéreo passageiros, rodo passageiros regular, rodo passageiros fretamento e urbano passageiros por ônibus.
Baseados nos dados disponíveis a partir das respostas a essa pesquisa: este artigo teve por objetivo responder às seguintes questões: (i) quais os setores se mostraram mais eficientes com relação à gestão dos impactos da pandemia da COVID-19?; e (ii) quais setores foram menos eficientes em relação às respostas para a crise ocasionada pela COVID-19? (iii) sob a perspectiva da comparação entre subsetores, pode-se sugerir alguma política pública para melhorar a eficiência?
Para tal fim, a intervenção proposta se deu em cinco etapas: (1) coleta dos dados, (2) configuração do modelo (isto é, considerando cada subsetor de transportes como uma unidade de análise DMU e as respostas desses subsetores como variáveis de entrada – inputs), (3) aplicação do modelo Benefit-of-Doubt (BoD), Análise Envoltória de Dados (DEA) – Slack-Based Measure (SBM), orientado inputs, (4) desempate (técnica do índice composto), (5) validação dos resultados (análises de cluster).
A partir do rank de eficiência resultante, foi observado que os subsetores mais eficientes foram o portuário e o marítimo e os menos eficientes foram os de transporte terrestre de passageiros (regular, fretamento e por ônibus), seguido o aéreo de passageiros e da navegação de interior. Ou seja, aqueles relacionados ao transporte humano foram mais afetados, enquanto os relacionados às exportações, menos. O ferroviário apresentou um comportamento ímpar, com desempenhos medianamente positivo para a maioria dos quesitos, porém extremamente negativo para alguns.
Os subsetores que alegaram maior acesso a crédito para financiar o capital de giro (agente marítimo, portuário e ferroviário) também ficaram melhor posicionados no rank de eficiência. Isso indica que políticas públicas voltadas para o financiamento do capital de giro dos subsetores pior posicionados (navegação interior, urbano passageiro por ônibus e rodo passageiro fretamento) podem resultar em melhorias significativas.