Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE RISCO DE MERCADO E GERENCIAMENTO DE RESULTADOS NAS COMPANHIAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO
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Palavras Chave

gerenciamento de resultado
risco de mercado
retorno

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - Osmar Pereira de Moraes Filho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG) - CAMPUS SAMAMBAIA
2 - Carlos Henrique Silva do Carmo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG) - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS DA UFG
3 - Ilirio josé Rech
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG) - UFG Goiãnia

Reumo

Reconhecida a assimetria informacional e a racionalidade limitada dos indivíduos, os administradores incorrem no gerenciamento de resultados (GR) para atender seus propósitos, modificando a percepção dos stakeholders. Nas análises de investimento realizadas pelos investidores, estes consideram o risco do investimento e demandam um retorno ajustado ao risco incorrido. Se a performance real não atender à expectativa de retorno, os gestores podem aumentar o resultado recorrendo ao GR, alterando procedimentos contábeis e tomando decisões econômicas nem sempre recomendadas para a entidade.
O risco e a incerteza dos investidores refletem sobre o valor de mercado das ações de uma companhia. Quanto maior o risco envolvido, os investidores requerem maior retorno. Algumas pesquisas brasileiras identificam pressões de mercado motivando o GR, desse modo o risco de mercado pressionaria a gestão por maiores resultados a fim de conseguir o retorno requerido. Assim, propõe-se o seguinte problema de pesquisa: qual a relação entre o risco de mercado e o gerenciamento de resultados? O objetivo deste artigo é investigar a relação entre risco de mercado e gerenciamento de resultados.
Dado o conflito de interesse entre os gestores e acionistas (Berle & Means, 1933; Jensen & Meckling, 1976), os gestores aproveitam a assimetria informacional e racionalidade limitada dos acionistas para divulgar a performance da entidade de acordo com seus interesses (Walker, 2013). No modelo Capital Asset Princing Model (Sharpe, 1964; Lintner, 1965; Mossin, 1966), o coeficiente Beta mensura o risco de mercado a qual a companhia está exposta, e calcula o retorno ajustado ao risco. A exigência de maior retorno relativo ao risco pode ensejar o comportamento oportunista dos gestores.
Foi analisado uma amostra de 74 empresas não financeiras participantes do índice IBrX100 no período entre 2012 e 2018. As relações entre as variáveis foram averiguadas por meio de regressões lineares múltiplas pelo modelo MQO com erro-padrão robusto e dados em corte transversal.
Os resultados apresentaram uma relação positiva entre risco de mercado e gerenciamento de resultados, no entanto diferentes tipos de riscos afetam diferentes formas de gerenciamento, e distinto das outras relações, o risco sistemático é relacionado negativamente com o corte de despesas discricionárias.
Embora as informações contábeis influenciem a precificação dos títulos mobiliários no mercado, a pressão de mercado também pode influenciar as escolhas contábeis. O risco de mercado da companhia pressiona os gestores a gerenciar o resultado para alcançar retornos exigidos conforme o risco calculado.
Kothari, S. P., Leone, A. J., & Wasley, C. E. (2005). Performance matched discretionary accrual measures. Journal of Accounting and Economics, 39, 163–197. Roychowdhury, S. (2006). Earnings management through real activities manipulation. Journal of Accounting and Economics, 42, 335–370. Sharpe, W. F. (1964). Capital asset prices: a theory of market equilibrium under conditions of risk. The Journal of Finance, 19(3), 425–442.