Resumo

Título do Artigo

CONCORRÊNCIA BANCÁRIA NO BRASIL: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE FINTECHS E BANCOS TRADICIONAIS ENTRE 2004 E 2018
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Palavras Chave

Fintechs
Mercado Bancário
Concentração Bancária

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva Baseada em Recursos e na Organização Industrial

Autores

Nome
1 - Matheus Felipe Ziermann Vieira
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Maringá
2 - Angelo Rondina Neto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL) - Campus sede
3 - Julyerme Matheus Tonin
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Departamento de Economia

Reumo

A emergência de organizações exponenciais, construídas com base nas tecnologias de informação, no mercado bancário (fintechs) levam a inovações significativas. Elas facilitam a intermediação financeira, democratizam o acesso ao serviço e geram novas formas de entregar produtos e serviços (PHILLIPON, 2016). No mercado brasileiro, as fintechs têm o potencial de modificar a estrutura e a competitividade do setor bancário. Isso poderia ocasionar um ambiente disruptivo, somando-se à redução da taxa de juros, pressões regulatórias e inovações tecnológicas.
A questão que motiva a pesquisa é: Quais as mudanças que ocorreram nos índices de concentração e competitividade do setor bancário brasileiro com o surgimento das fintechs? Assim, o objetivo geral consiste em analisar a atuação das fintechs no setor bancário brasileiro, entre os anos de 2004 e 2018, relacionando suas operações com a estrutura do setor. Dessa forma, os objetivos específicos da pesquisa são: analisar a estrutura do setor bancário quanto ao número de instituições, às barreiras à entrada, o padrão concorrencial e os índices de concentração.
Historicamente, os bancos foram os responsáveis pela maioria das inovações no setor financeiro. Entretanto, a partir de 2016, as inovações deixaram de ser exclusividade dos bancos estabelecidos, permitindo a participação de agentes econômicos de fora do sistema bancário (NIENABER, 2017). Nesse cenário, as fintechs, focadas em áreas específicas, criaram um modelo de negócios para a promoção de um crescimento exponencial em um setor específico (GLAS; TRUZSEL, 2017). De acordo com a FINTECHLAB (2019), há no Brasil, no primeiro semestre de 2019, doze empresas no segmento de bancos digitais.
Utilizou-se quatro indicadores para verificação da estrutura industrial. São eles: a Razão de Concentração (CR), o índice Hirschman-Herfindahl (IHH), o índice de Hause (Hm) e o índice de Hannah e Kay (HKI). Quanto aos dados, foram agrupados do banco de dados IF.Data do Banco Central do Brasil, com ênfase nas contas de Operações de crédito, Ativos totais, Depósitos totais e Patrimônio líquido. As informações consideras são referentes ao último trimestre de 2004 a 2016 e de todos os trimestres dos anos de 2017 e 2018 dos conglomerados financeiros e das instituições independentes
Em síntese, a concentração do setor bancário tradicional foi maior do que o segmento de instituições não bancárias (bancos digitais), acentuando-se entre os anos de 2004 e 2018. No primeiro, pode-se verificar a concentração de mercado entre os anos de 2007 e 2008. Quanto ao segundo, os índices captaram grande oscilação da concentração entre 2005 e 2006. Porém, entre os anos de 2007 e 2016, houve aumento da concorrência entre os bancos digitais, apresentando níveis de concentração similares aos níveis de concentração dos bancos tradicionais, antes da crise financeira.
A pesquisa mostrou que o número de fintechs atuantes no sistema financeiro vêm aumentando, sendo que a entrada dessas empresas se deu por mudanças ocorridas no sistema financeiro. A análise atenta por parte dos formuladores de política para as transformações levadas a caso pelo ingresso das fintechs no mercado bancário é fundamental para promover a competitividade no setor e otimizar a oferta de serviços.
FINTECHLAB. 8a edição do Radar Fintechlab registra mais de 600 iniciativas | FintechLab. Disponível em: . Acesso em: 16 jul. 2020. GLAS, A.; TRUZSEL, M. Tendências atuais em tecnologia financeir. In: A revolução fintech: O manual das startups financeiras. 1. ed. [s.l.] Editora Alta Books, 2017. p. 320. PHILIPPON, T. The fintech opportunity. NBER Working Paper Series, n. 22476, p. 25, 2016.