Resumo

Título do Artigo

INVESTIMENTO DIRETO EXTERNO DO BRASIL: a influência do risco político sobre a participação acionária
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Palavras Chave

Risco Político
Aquisição
Investimento Direto Externo

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - Larissa Isabelle Jarschel
Universidade Regional de Blumenau - FURB - PPGAd
2 - Lucas Miguel Petry
Universidade Regional de Blumenau - FURB - PPGAd
3 - Christian Daniel Falaster
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - PPGAd

Reumo

O aumento das transações comerciais, investimentos e a procura das empresas para se internacionalizarem vem ao encontro da competitividade dessas no cenário internacional, em que expandem o mercado, obtêm recursos físicos e humanos, aumentam o portfólio, e buscam novas tecnologias. As fusões e aquisições são as mais procuradas pelas empresas para o processo de expansão. Contudo, as novas oportunidades trazem consigo os riscos políticos, econômicos, financeiros, entre outros e são os maiores causadores de interrupção das operações de uma empresa.
O objetivo deste estudo é analisar a influência do risco político na porcentagem da participação acionária no processo de aquisições das empresas de origem brasileira para o mundo. Para tal, surgem duas hipóteses contraditórias: hipótese 1 – Quanto maior o risco político, menor a participação acionária escolhida nas aquisições; e hipótese 2 – Quanto maior o risco político, maior a participação acionária escolhida nas aquisições.
O IDE é mais arriscado do que um investimento doméstico, pois envolve os riscos (resume-se em risco país – risco cultural, político ou econômico) por causa da falta de informações sobre o mercado e o país, bem como sobre a regulamentação e custos deste (WAFO, 1998). Esse processo de internacionalização eleva a distância psíquica (JOHANSON, VAHLNE, 1977). A teoria institucional é utilizada para explicar como o conhecimento evolui de forma diferente entre os países (NORTH, 1990; PENG et al., 2008), podendo as empresas escolherem propriedade compartilhada com empresas locais ou propriedade.
O método utilizado foi a regressão linear com uma amostra de 402 aquisições transfronteiriças de origem de empresas brasileiras com destino a 52 países no período de 1990 até 2017. A variável dependente é a porcentagem da participação acionária nas aquisições transfronteiriças. A variável independente se refere ao risco político do país de destino.
O resultado encontrou que existe uma relação em que quanto maior o risco político, menor será a porcentagem das aquisições. As empresas tendem a adquirir uma parcela menor para evitar riscos. Uma aquisição parcial fornece um parceiro local, que tende a dividir: os riscos do negócio, os custos, recursos do processo, e dispor de um maior comprometimento. Esse parceiro também transpassa legitimidade para o mercado e repassa o conhecimento sobre o ambiente estrangeiro.
As empresas tendem a escolher formas de participação acionárias mais baixas, como joint-ventures, fusões ou aquisições parciais. Evidencia-se que, nessa escolha, um parceiro local pode diminuir os riscos, promover o aprendizado do ambiente e da empresa, e ajudará a ganhar legitimidade perante o mercado. Empresas que entram nos países com um alto risco político terão que lidar com as regras e normas oficiais e com os custos e riscos desse sistema. No entanto, um parceiro local facilita a adaptação ao ambiente institucional do país de destino.
WAFO, G. L. K. Political Risk and Foreign Direct Investment. Faculty of Economics and Statistics, University of Konstanz, 1998. JOHANSON, J.; VAHLNE, J. The internationalization process of the firm – a model of knowledge development and increasing foreign market commitments. JIBS, v. 8, n. 1, p. 23-32, 1977. NORTH, D. Institutions, institutional change and economic performance. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1990. PENG, M.; WANG, D.; JIANG, Y. An institution-based view of the international business strategy: A focus on emerging economies. JIBS, v.39, n.5, p.920–936, 2008.