Resumo

Título do Artigo

MODELO DE COMPETÊNCIAS INTERPROFISSIONAIS EM SAÚDE
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Palavras Chave

Competência interprofissional
Caracterização do contexto
Prática interprofissional em saúde

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Carreiras e Competências

Autores

Nome
1 - Lana Montezano
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - PPGA e LineGov|UnB - Laboratório de Inovação e Estratégia em Governo
2 - Kleuton Izidio Brandão e Silva
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA (UNICEUB) - Asa Norte
3 - Antônio Isidro da Silva Filho
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - LineGov|UnB - Laboratório de Inovação e Estratégia em Governo

Reumo

A prática colaborativa interprofissional em saúde vem sendo adotada em diversos países do mundo tanto no contexto acadêmico da educação interprofissional, como no próprio sistema de saúde na prestação de cuidados dos pacientes (Cole et al., 2018). Sendo assim, há reconhecimento quanto à necessidade de desenvolver os profissionais de saúde na prática colaborativa interprofissional vinculada aos modelos emergentes de assistência em saúde de forma a melhorar a experiência do paciente e a saúde da população, bem como para reduzir os custos per capita dos serviços de saúde (Farrell et al., 2018).
Moilanen et al., (2020) indicam que é preciso o desenvolvimento e fortalecimento de competências interprofissionais em saúde. Apesar da existência de modelos de competências interprofissionais em diferentes países, Salm (2017) indica a necessidade de maior refinamento, observadas as realidades específicas. O objetivo do artigo foi caracterizar a necessidade da prática interprofissional em saúde no Brasil e propor modelo de competências interprofissionais em saúde, com foco na melhoria da prestação dos serviços de cuidado aos pacientes e da melhoria da saúde da população brasileira.
Um levantamento bibliográfico apontou experiências de outros países que desenvolveram modelos de competências interprofissionais em saúde: África do Sul, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Suécia. Cada um dos países apresenta seu modelo orientado para as prioridades de sua realidade. Foi possível consolidar a identificação de 19 competências interprofissionais a partir das experiências pesquisadas, sendo que a “comunicação interprofissional” é a única que aparece em todos os países.
Trata-se de pesquisa empírica descritiva-exploratória, com abordagem qualitativa por meio da realização de grupos focais com profissionais de órgãos públicos e conselhos e classe que atuam na regulação da gestão do trabalho em saúde e educação interprofissional. O primeiro grupo teve finalidade de caracterizar o cenário de atuação da equipe interprofissional, e contou com 7 pessoas. O segundo grupo teve 28 participantes e validou o cenário, além de identificar as competências interprofissionais e detalhar as informações do modelo.
Foi caracterizada a necessidade da prática interprofissional das diferentes profissões de saúde no atendimento ao paciente, contemplando as 11 demandas prioritárias e emergências deste tipo de atuação, os 20 resultados esperados e os 25 desafios vinculados aos fatores organizacionais, relacionais, contextuais e processuais.Foi possível propor o modelo com 25 competências interprofissionais em saúde, sendo que 13 não haviam sido utilizadas nos modelos internacionais, apontando para especificidade do contexto brasileiro, além de 89 indicadores de comportamentos destas competências.
Foi possível apresentar um panorama dos modelos de competências interprofissionais internacionais, permitindo a concepção de modelo conceitual para a proposta brasileira, contemplando a análise do contexto, definição das competências (nome, descrição e indicadores de comportamento), resultados e justificativa da prática interprofissional. Foi proposto o modelo empírico com a identificação das competências tanto para responder as demandas e desafios da atuação da prática interprofissional, além de permitir o alcance dos resultados esperados da melhoria na prestação dos serviços de saúde.
Farrell, T.W., et al. (2018). State of the sciente: interprofessional aprroaches to aging, dementia, and mental health. Journal of the American Geriatrics Society, 66, S40-S47. Moilanen, T., et al. (2020). Healthcare professionals' perceptions of the pre-requisites and realisation of interprofessional collaboration in cancer care. European Journal Cancer Care, 29(e13197), 1-10. Salm, T. (2017). A School-Based Case Study: Developing Interprofessional Competencies to Support Students With Dual Diagnosis. Journal of Policy and Practice in Intellectual Disabilities, 14(3), 224–232.