Resumo

Título do Artigo

APRENDIZAGEM E SEUS POSSÍVEIS ESTILOS: conceitos e controvérsias
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Ensino.
Aprendizagem.
Estilos.

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Ambientes de ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Paulo Roberto de Oliveira
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP - Faculdade de Economia, Administração, Ciências Contábeis e Atuariais.
2 - Giuseppe Milone
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP - Faculdade de Economia, Administração, Contábeis e Atuariais - FEA

Reumo

A preocupação com processos de ensino e aprendizagem remonta aos primórdios da humanidade e estudos relativos a eles têm sido desenvolvidos ao longo das últimas décadas sob distintas perspectivas e interesses. Como nesse tempo se buscou melhor compreensão de como as pessoas aprendem e como se pode bem ensiná-las, o tema estilos de aprendizagem tornou-se frequente nas pesquisas desse campo. Neste estudo relatamos não só as principais teorias que os defendem como apresentamos algumas críticas e relativizações de seus possíveis favores ao ensino.
No geral as teorias e questionamentos em torno dos estilos de aprendizagem dizem respeito à sua validade na compreensão de processos de ensino e aprendizagem. Em relação a isso perguntamos: Os métodos desenvolvidos e propagados por pesquisadores relativos a como as pessoas aprendem são realmente capazes de detectar estilos definidos de aprender? Se sim, isso possibilita ajustar as condições de ensino a eles? Os objetivos: (i) expor o estado da arte das pesquisas sobre o tema e (ii) discutir questões que relativizam a admissão de estilos de aprender nos processos de ensino.
No campo teórico destacamos autores tais como: Kolb (1984), para quem aprender é transformar experiência em conhecimento e Dunn e Dunn (1979), que identificam os estilos partindo de experimentos tipo estímulos e respostas. Também citamos Grecord (1979), que associa estilos com indicadores de funcionamento da mente, e Felder e Silverman (1988), que se centram na capacidade de recepção e processamentos de informações do ambiente. Por discordar e colocar em xeque as teorias e possibilidades propostas pelos teóricos citados, entendemos que outro autor importante nesse campo é Husmann (2019).
Alguns planos de pesquisas partiram da premissa de que quem conhece os estilos de aprendizagem pode compreender como alguém aprende. Mas, como as circunstâncias que os envolviam não foram de pronto detectadas e dominadas, os estudiosos acabaram por dar ênfase a esta ou àquela instância, característica ou propriedade da aprendizagem. No todo, os resultados obtidos sugerem ser eles mais um conjunto de possibilidades do que relato das forças motrizes que comandam a aprendizagem. E por não se ter detectado a prevalência temporal ou espacial de qualquer deles, acabaram todos contestados.
Historicamente, os estilos de aprendizagem decorreram de tabulações e análises sob certas óticas de respostas a questionários. Como dessas análises surgiram teorias que depois se mostraram incompletas, os estilos de aprender assim estabelecidos ficaram discutíveis. De nosso ponto de vista, as explicações para os níveis de desempenho nos testes indicarem vagas aderências das aprendizagens com as estratégias sugeridas pelos estilos são: 1) o sistema é mais complexo que se imaginava e há algo a mais por fazer; 2) a correlação entre as variáveis consideradas é baixa e o modelo pouco explica.
DUNN, R.S.; DUNN, K.J. (1979) Learning styles, teaching styles: should they... can they... be matched? FELDER, R.M.; SILVERMAN, L.K. (1988) Learning and teaching styles in engineering education. GREGORC, A.F. (1979) Learning/teaching styles: their nature and effects. HUSMANN, P.R. (2019) Another nail in the coffin for learning styles? Disparities among undergraduate anatomy students study strategies, class performance, and Reported VARK Learning Styles. KOLB, D.A. (1984) Experimental learning: Experience as the source of learning and development.