Resumo

Título do Artigo

O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE ABSORTIVA INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL SOB A LENTE DOS MICROFUNDAMENTOS
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Palavras Chave

Capacidade Absortiva Individual
Capacidade Absortiva Organizacional
Microfundamentos

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Processo Estratégico nas Organizações

Autores

Nome
1 - Alessandra Yula Tutida
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Biguaçu
2 - Carlos Ricardo Rossetto
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA
3 - Ricardo Luis Barcelos
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Biguaçu
4 - Cleide Tirana Nunes Possamai
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Biguaçu
5 - Elvis Silveira-Martins
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL) - PPGDTSA; PROFIAP

Reumo

Dentro dos estudos da capacidade absortiva, houve contradições sobre as suposições que formam a sua base, e a lente dos microfundamentos veio para ajudar a detalhar o construto da capacidade absortiva (Volberda, Foss, & Lyles, 2010) aumentando a compreensão de como as ações dos indivíduos, suas interações e mecanismos organizacionais moldam a capacidade absortiva das PMEs. Os estudos da ACAP têm se interessado, cada vez mais, em olhar como as PMEs desenvolvem ACAP, devido as suas especificidades e a importância para a economia global (Jimenez, Angelov, & Rao, 2012).
Schweisfurth e Raasch (2018) propõem que sejam realizadas pesquisas utilizando a adoção de uma abordagem de microfundamentos para descobrir a influência das ações dos indivíduos na capacidade absortiva (ACAP). Empiricamente, o papel dos mecanismos de integração social na ACAP foi investigado por poucos estudos (Cuervo-Cazurra & Rui, 2017). Em função destas lacunas de pesquisa, o objetivo deste artigo é avaliar a relação entre Capacidade Absortiva Individual, Mecanismos de Integração Social e Capacidade Absortiva Organizacional nas Pequenas e Médias Empresas.
Cohen e Levinthal (1990) consideraram os indivíduos como o alicerces da ACAP organizacional. Os autores argumentam que as ações dos indivíduos contribuem para cada dimensão organizacional da ACAP. Os indivíduos interagem com o ambiente externo e, assim, reconhecem e adquirem conhecimentos. Ao expandirem o conceito de Cohen & Levinthal (1990), Zahra & George (2002) deram atenção aos mecanismos de integração social (MIS) que se fazem necessários para que haja capacidade de absorção organizacional efetiva. Eles afirmam que a ACAP é possível quando é mediada por mecanismos de integração social.
A pesquisa é quantitativa e a coleta feita através de uma survey. Ela foi aplicada em quatro empresas do setor metalmecânico do Estado de Santa Catarina. A amostra foi de 417 questionários. Os instrumentos utilizados foram todos validados, Tang, Kacmar e Busenitz (2012) para coleta sobre capacidade absortiva individual; Flatten, Engele, Zahra e Brettel (2011) para capacidade absortiva organizacional; e Jansen, Van Den Bosch e Volberta (2005) para os mecanismos de integração social. A análise dos dados foi realizada considerando os testes para validação de hipóteses utilizando-se do método PLS.
H1: ACAP Individual impacta positivamente na ACAP Organizacional. Suportada Schulze, Brojerdi e von Krogh (2014) afirmam que conhecimento comum entre os membros da organização é importante para a absorção do conhecimento organizacional. H2 - MIS influenciam na ACAP Organizacional. Suportada H3: MIS influenciam na ACAP individual. Suportada. Corroborando as H1 e H2, Jansen, Van den Bosch e Volberda (2005) afirmam que, quanto se utiliza de MIS, maior a habilidade e motivação dos indivíduos em adquirir e assimilar o conhecimento externo para que a ACAP organizacional seja implementada.
Os resultados da pesquisa comprovam que a ACAP individual impacta positivamente na ACAP organizacional. Além disso, para que consigamos transformas a ACAP individual a ACAP organizacional, os MIS são de fundamental importância e devem merecer atenção da gestão das PMEs. Como conceituamos a absorção de conhecimento no nível do indivíduo e da organização, pesquisas futuras podem adotar perspectivas multiníveis olhando grupos ou times. Nesse sentido, também vale a pena estudar os efeitos interativos dos mecanismos de integração social com cada uma das dimensões da capacidade absortiva IND e ORG.
Cohen, W. M., & Levinthal, D. A. (1990). Absorptive Capacity: A New Perspective on Learning and Innovation. Administrative Science Quarterly, 35(1), 128. https://doi.org/10.2307/2393553 Volberda, H. W., Foss, N. J., & Lyles, M. A. (2010). Absorbing the Concept of Absorptive Capacity: How to Realize Its Potential in the Organization Field. Organization Science, 21(4), 931–951. https://doi.org/10.1287/orsc.1090.0503 Zahra, S. A., & George, G. (2002). Absorptive Capacity: A Review, Reconceptualization, and Extension. The Academy of Management Review, 27(2), 185. https://doi.org/10.2307/4134351