Resumo

Título do Artigo

AUTONOMIA E CRIATIVIDADE DE PROFISSIONAIS DA COMUNICAÇÃO: O CONTRATO PSICOLÓGICO É O MEDIADOR DESSE MATCH?
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Palavras Chave

Autonomia
Contrato Psicológico
Criatividade

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Gestão de Pessoas e de Equipes

Autores

Nome
1 - Alison Martins Meurer
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Jardim Botânico
2 - Fabiana Frigo Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Curitiba
3 - Flaviano Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Campus Botânico

Reumo

A indústria criativa apresenta-se como um setor representativo da economia brasileira, no qual predominante, atuam os profissionais da comunicação desenvolvendo uma pluralidade de atividades, sendo a criatividade um elemento fundamental neste ambiente. A criatividade manifestada pode ser ameaçada por alguns elementos intrínsecos ao ambiente organizacional, e de modo contrário ser maximizada por outros elementos, como a autonomia. Além disso, o contrato psicológico pode ser outro elemento que pode impactar o processo criativo no ambiente das empresas da indústria criativa.
Considerando que a criatividade é elemento essencial para as empresas da área de comunicação podendo ser impactada pela autonomia percebida por seus trabalhadores, bem como pelas relações decorrentes do contrato psicológico, este estudo tem como objetivo identificar a relação entre a percepção de autonomia e a criatividade em profissionais da área de comunicação mediada pelo contrato psicológico. Assim, esta pesquisa está centrada no seguinte questionamento: Qual a relação entre a percepção de autonomia e a criatividade em profissionais da área de comunicação mediada pelo contrato psicológico?
A criatividade pode ser entendida como a produção de ideias novas e úteis. A autonomia pode se relacionar com o comprometimento do colaborador na organização, exercendo efeitos sobre a criatividade. O contrato psicológico apresenta-se como uma variável de interesse à medida que representa as crenças dos colaboradores e dos empregadores em relação às promessas existentes nessa relação. A percepção de autonomia, o contrato psicológico, bem como sua relação com a criatividade tem despertado a atenção de diversos pesquisadores, seja por meio da análise individual ou conjunta desses elementos.
O instrumento de pesquisa teve como foco a criatividade individual, a partir da escala de Moulang (2015), o contrato psicológico, com o uso da escala de Maia e Bastos (2014) e a percepção de autonomia, a partir do instrumento de Parolin (2008), além da caracterização dos respondentes. Este passou por um processo de validação com 3 pesquisadores e docentes da área de comunicação de diferentes instituições do país. Após, obteve-se uma amostra de 151 participações, que foram analisadas com o uso de estatística descritiva e Modelagem de Equações Estruturais (MEE).
A hipótese teórica de pesquisa não pode ser totalmente rejeitada dado que a mediação encontrada por meio do encorajamento para a criatividade exercendo efeitos sobre a tangibilidade no contrato psicológico - obrigações do colaborador que, por sua vez, afeta a criatividade indica que a tangibilidade é o mecanismo mediador pelo qual a autonomia é corporizada e afeta a criatividade. Assim, fomentar o contrato psicológico a partir da tangibilidade na perspectiva do colaborador torna-se relevante para as empresas do ramo da comunicação na concepção do processo criativo.
A mediação parcial identificada por meio do encorajamento para a criatividade exercendo efeitos sobre a tangibilidade no contrato psicológico - obrigações do colaborador que, por sua vez, afeta a criatividade, bem como os efeitos diretos analisados proporcionam dois tipos de implicações: teóricas e práticas. Portanto, os resultados indicam que há um match parcial entre a autonomia e a criatividade, sendo que o contrato psicológico também intervém parcialmente nessa relação.
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