Resumo

Título do Artigo

OS DESAFIOS DA GESTÃO DE EQUIPES VIRTUAIS GLOBAIS O CASO DE DUAS EMPRESAS MULTINACIONAIS DE TECNOLOGIA
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Palavras Chave

Equipes virtuais globais
Gestão remota
Trabalho remoto

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Gestão de Pessoas e de Equipes

Autores

Nome
1 - Vanessa Martins dos Santos
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - SP
2 - GUILHERME MARZOL MONTANDON SARAIVA
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - Bela Vista
3 - Suelen Schneider
Fundacao Getulio Vargas/EBAPE - FGV - EAESP
4 - Glauco Helio Cleto Marolla
Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) - Engenharia Eletricista com ênfase em Computação.

Reumo

A evolução das tecnologias de informação e comunicação (TICs), especialmente a partir dos anos 1990, desempenhou papel central na expansão do comércio internacional e na maior presença global das empresas. Este cenário possibilitou a formação de equipes de trabalho unidas por um objetivo comum, porém, dispersas geográfica, temporal e organizacionalmente - conhecidas como equipes virtuais globais (EVGs).
Apesar de sua crescente popularização nas últimas décadas, a produtividade das equipes virtuais globais (EVGs) ainda é desafiada por barreiras interculturais, linguísticas, diferenças de fuso horário, além de dificuldades na coordenação de esforços e também manutenção da motivação e engajamento dos participantes. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi, por meio das respostas de entrevistas qualitativas com treze gestores brasileiros de duas multinacionais de tecnologia, identificar os principais desafios e boas práticas para a gestão de EVGs.
A literatura elenca quatro grandes desafios: a) comunicação: leituras errôneas de mensagens/silêncio, problemas de pontualidade nas respostas, ansiedade decorrente de interpretações malfeitas na ausência da linguagem corporal; b) cultura: indivíduos de distintas nacionalidades nem sempre apresentam a mesma compreensão sobre normas de conduta, cultura organizacional, rotinas e premissas do trabalho em equipe; c) fuso horário: a tarefa de conciliar trabalhos dos indivíduos de um mesmo time é desafiadora em países distintos; d) motivação: necessidade da criação de um ambiente de confiança.
O método de pesquisa utilizado é o qualitativo, tendo sido realizadas entrevistas com treze gestores brasileiros de duas empresas multinacionais de tecnologia. A análise de conteúdo foi composta por três etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados, conforme proposto por Câmara (2013).
As análises deram protagonismo a quatro grandes desafios: comunicação, cultura, fuso horário, motivação e engajamento. Os gestores também indicaram algumas boas práticas por eles utilizadas, essas estão associadas a temas como relacionamento e comunicação à distância, definição de metas claras e objetivas, métricas e acompanhamentos regulares das atividades, valorização das pessoas e oportunidades de carreira. Sobre a performance, os gestores informaram não existir diferenças atribuídas ao fato de o liderado estar remoto.
As conclusões apontam que as entrevistas corroboraram os desafios apontados pela literatura, como: comunicação, cultura, fuso horário, motivação e engajamento. A performance, desafio presente na literatura e entendido como decorrente da distância geográfica entre gestor e liderado, não foi, porém, apontada como tal pelos gestores entrevistados.
BARBOSA, A. Como me fazer presente quando estou ausente?: desafios do líder a distância. 2019. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas) - Fundação Getulio Vargas, São Paulo, 2019. LIAO, Chenwei. Leadership in virtual teams: A multilevel perspective. Human Resource Management Review, v. 27, n. 4, p. 648-659, 2017. LIPPERT, Helge; DULEWICZ, Victor. A profile of high-performing global virtual teams. Team Performance Management: An International Journal, v. 24, p. 169-185, 2018.