Resumo

Título do Artigo

“Smartphone que não desliga” Uso e dependência do celular em gestores de uma grande empresa
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Palavras Chave

Dependência do Smartphone
Gestores
Paradoxos Tecnológicos

Área

Tecnologia da Informação

Tema

Aspectos Comportamentais e Decisórios da TI

Autores

Nome
1 - Thyciane Santos Oliveira Pinheiro
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO (FAESF) - Curso de Administração
2 - Emmanuel Angelo Lucena Barbosa
UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP) - Roberto Freire
3 - Leonardo PINHEIRO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI) - CAFS

Reumo

Apesar do crescente interesse de pesquisas que investigam os problemas causados pelo uso de smartphones, ainda são poucos os estudos que analisam a nomofobia (YILDIRIM; CORREIA, 2015; KRAJEWSKA-KUŁAK et al., 2012), sendo reduzida a quantidade de publicações sobre o tema, principalmente os que procuram compreender sua influência no contexto organizacional. Grande parte das pesquisas estão concentradas em países da América do Norte, Europa e Ásia, o que leva a crer que este é um campo vasto para pesquisas no Brasil, considerando toda a diversidade cultural, social e geográfica do país.
Entendendo que a tecnologia tem alterado a forma como os indivíduos trabalham, se relacionam e vivem, o estudo pretende responder ao seguinte questionamento: como o uso de smartphones influencia o comportamento e é percebido por gestores organizacionais? Para responder a essa questão, determinou-se como objetivo geral desta pesquisa analisar o uso e os sintomas associados à utilização frequente do celular em executivos de uma grande empresa.
Compreendido como uma forma de contradição, conflito, ambivalências e oposição entre duas ideias (CORSO; FREITAS; BEHR, 2012), os paradoxos remetem a uma noção de condições opostas e polares que podem coexistir simultaneamente como uma situação, ato ou comportamento de qualidades contraditórias ou inconsistentes (MICK; FOURNIER, 1998; JARVENPAA; LANG, 2005). Apesar dos seus benefícios, o uso em excesso de smartphones pode causar dependência, provocando alterações emocionais, bem como sintomas físicos e psicológicos, tais como: aumento da ansiedade, taquicardia, alterações respiratórias etremor
A pesquisa utilizou-se de uma abordagem qualitativa, com o uso da estratégia de estudo de caso. Em relação aos participantes do estudo, optou-se por investigar 6 profissionais que ocupam cargos de gestão em uma empresa de grande porte localizada no nordeste brasileiro. Para a coleta dos dados, foi encaminhado um questionário eletrônico por meio do Google Docs, que continha oito perguntas abertas desenvolvidas a partir da revisão da literatura sobre o tema. Os dados obtidos foram por meio da análise de conteúdo, utilizando-se o auxílio do software ATLAS.ti.
Constatou-se a existência de quatro paradoxos (controle/caos; liberdade/escravidão; independência/dependência; integração/isolamento), que representaram a forma como o celular pode ser significado na vida pessoal e profissional dos executivos investigados. Identificado nesta pesquisa como uma imprecisão do uso, foi possível perceber que alguns dos gestores não sabem distinguir os horários em que utilizam o smartphone para fins comerciais e pessoais. As redes semânticas do uso do smartphone demonstrou as relações evidenciadas quanto à influência, sintomas e o uso em excesso do aparelho.
Os gestores demonstraram ter conhecimento da dependência que o smartphone pode causar em suas vidas, mas reforçam a sua necessidade de utilização como ferramenta indispensável para o trabalho, uma vez que possibilita maior praticidade e agilidade nas tarefas organizacionais. Os benefícios associados ao uso do aparelho, no entanto, foram percebidos com maior frequência do que a dependência que este pode causar, denotando, portanto, que reconhecer os problemas do uso em excesso pode ser um desafio a ser enfrentado.
JARVENPAA, S.; LANG, K. Managing the paradoxes of mobile technology. Information Systems Management, v. 22, n. 4, p. 7-23, 2005. KANG, S.; JUNG, J. Mobile communication for human needs: A comparison of smartphone use between the US and Korea. Computers in Human Behavior. v. 35, p. 376–387, 2014. MICK, D.; FOURNIER, S. Paradoxes of technology: consumer cognizance, emotions and coping strategies. Journal of Consumer Research, v. 25, n. 20, p. 123-143, 1998. YILDIRIM, C.; CORREIA, A.P. Exploring the dimensions of nomophobia: Development and validation of a self-reported questionnaire. Computers