Resumo

Título do Artigo

O PAPEL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E PRIVADAS NOS SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19
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Palavras Chave

COVID-19
segurança alimentar
sustentabilidade

Área

Agribusiness

Tema

COVID-19 no Agro

Autores

Nome
1 - Geraldo Magela Jardim Barra
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI (UFSJ) - Departamento de Administração e Ciências Contábeis (DECAC)
2 - Caroline Miriã Fontes Martins
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI (UFSJ) - Departamento de Ciências Contábeis e Administrativa

Reumo

A pandemia da COVID-19 expôs e acentuou a insegurança alimentar, desafiando autoridades dos sistemas de controle de segurança de alimentos a encontrar soluções e a prevenir a ocorrência de novas pandemias. Este artigo discute o papel das instituições, na posição brasileira, na redução das incertezas relacionadas ao COVID-19. A pesquisa consiste em estudo exploratório sobre os efeitos da COVID-19 e, também, a análise da proposição de políticas agroindustriais para evitar novas crises.
Busca-se discutir como o Brasil, através de suas instituições públicas e privadas, pode contribuir para reduzir impactos relacionadas à pandemia da COVID-19. Neste contexto, questiona-se: Quais políticas públicas e privadas devem ser propostas levando em conta as preocupações atuais em segurança alimentar e sustentabilidade? O objetivo deste estudo é analisar as políticas públicas e privadas que estão sendo propostas considerando as preocupações em segurança alimentar e sustentabilidade. Busca-se, também, elaborar um modelo de análise de políticas públicas para sistemas agroindustriais.
Para North (1993), as instituições são as “regras do jogo” e as organizações são os “jogadores”. Assim, é possível observar o Governo como “juiz” nesta analogia, cabendo a esse o papel de regulamentação no intuito de garantir o padrão do “jogo", bem como estabelecer políticas públicas que garantam suporte as atividades econômicas. Caberá às associações o papel de “treinador”, orientando os empresários nas suas estratégias (Barra, 2019). Face ao exposto, foi desenvolvido uma estrutura conceitual para um estudo empírico.
Esta pesquisa é um estudo exploratório com uso de dados qualitativos sobre os efeitos da COVID-19 no SAG. Foram utilizadas técnicas de análise bibliográfica e documental, bem como de videoconferência. Selecionou-se os artigos de especialistas em agronegócios, visando construir o cenário decorrente do COVID-19 no SAG. Para a análise documental, selecionou-se os organismos de nível mundial relacionados ao campo da saúde, economia e alimentação. A videoconferência foi selecionada pelo critério do discurso de autoridade, por ser realizada com especialistas do agronegócio.
Este estudo demonstra que são necessárias políticas públicas e privadas para evitar novas crises na saúde decorrentes das zoonoses, requerendo as seguintes estratégias: construção de instituições fortes; fortalecimento do sistema de pesquisa e inovação agrícola; legislação rigorosa de controle sanitário; políticas públicas para agricultura sustentável e a familiar; aprimoramento das cadeias refrigeradas de produção de proteínas animais; e incentivo ao modelo de integração vertical. A partir disso, propõe-se um modelo de avalição de políticas públicas.
Estudo demonstra que são necessárias políticas públicas e privadas para evitar novas crises na saúde decorrentes das zoonoses. O uso desse conjunto de políticas pode contribuir no longo prazo para o conceito de “Saúde Única”, colaborando para melhorar as condições de segurança alimentar e segurança do alimento e sustentabilidade. Entende-se que o apoio institucional fornecido pelo governo e por associações de interesse privado no papel de agente de coordenação do SAG é um elemento importante neste contexto.
Instituições (North, 1993), Economia dos Custos de Transação (Williamson, 1985, Williamson, 1991, Williamson, 2000). (Rajeev, et al., 2020), cadeias de suprimentos globais (Ivanov, 2020), economia e cadeia de suprimentos (Agrawal, Jamwal, Gupta, 2020), políticas de Segurança Alimentar (Hossain, 2020), resiliência nas cadeias de suprimentos (Hobbs, 2020; Mussel, Bilyea, Hedley, 2020), saúde única (Martin, Jones, 2020), políticas públicas (Lazzarini, S. G; A., Musacchio., 2020).