Resumo

Título do Artigo

Preconceito contra Jovens Profissionais: insights da Neurociência Social
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Palavras Chave

Gestão de Pessoas
Preconceito
Neurociência

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Políticas, Modelos e Práticas

Autores

Nome
1 - Luciana Campos Lima
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - Rua Guatá

Reumo

A geração Z destaca-se pelos aspectos estereotipados negativos, podendo criar e/ou fortalecer preconceitos e discriminações no ambiente de trabalho. As organizações devem ser cautelosas ao desenhar suas estratégias de gestão de pessoas, reconhecendo os estereótipos e seus efeitos. Pesquisas afirmam que (i) adultos mais velhos demonstram preconceito implícito contra jovens profissionais, e que (ii) os métodos diretos e indiretos utilizados nas investigações sobre preconceito possuem limitações e críticas, especialmente relacionadas ao autorrelato.
Questiona-se: (i) de que forma os métodos da neurociência podem contribuir para o aprimoramento das medidas indiretas? (ii) dentre os métodos, qual seria uma opção para o estudo sobre preconceito? Explora-se o "circuito neural do preconceito" constituído por áreas centrais na reação emocional negativa, ou seja, do preconceito, desencadeado a partir da exposição a um estereótipo. Tem-se como objetivo propor o uso de codificação sistemática de expressões faciais como método complementar nas investigações sobre preconceito contra jovens profissionais.
Os estereótipos contribuem para a discriminação quando os profissionais que compartilham das mesmas capacidades produtivas recebem tratamentos diferentes, concomitantes ao preconceito, definido como respostas emocionais negativas. A eficácia das medidas diretas de preconceito baseia-se na crença de que este se manifesta quanto os envolvidos encontram justificativas para seu comportamento. As indiretas são criticadas pela sua sensibilidade ao contexto cultural. Sugere-se a codificação da expressão facial por ser uma função comunicativa de processamento rápido e de base emocional.
Autores afirmam que dentre as tendências emergentes na pesquisa sobre preconceito destacam-se a base neural do preconceito. A expressão facial é considerada como o principal meio de transmissão de informações não-verbais, por revelar estados emocionais. Evidências sugerem que o preconceito recruta uma região envolvida no processamento emocional A evolução nos sistemas de medição via sistemas computacionais possui uma precisão média de 82,53%. Dentre as opções disponíveis e já utilizadas em estudos brasileiros, destacam-se o FaceTracker, o FaceReader e o Circumplex.
As medidas indiretas lutam para discriminar indivíduos verdadeiramente preconceituosos, os métodos da neurociência permitem testar a variabilidade de um efeito para um determinado fator, identificando qual a região neural está envolvida nas respostas individuais, possibilitando a medição da variabilidade entre os indivíduos, bem como do processo de auto regulação de resposta diante do estímulo. Consequentemente, podem fortalecer as evidências proporcionadas via medidas indiretas de preconceito, mitigando suas críticas e limitações.
Amodio, (2014). The neuroscience of prejudice and stereotyping. In Nature Reviews Neuroscience. Ekman & Friesen (1978). Facial action coding system: A technique for the measurement of facial movement. Palo Alto. In Differences among unpleasant feelings. Motivation and Emotion Liberman et al. (2017). The Origins of Social Categorization. Trends in Cognitive Sciences Meska et al. (2020). Emotional recognition for simulated clinical environment using unpleasant odors: Quasi-experimental study. Revista Latino-Americana de Enfermagem