Resumo

Título do Artigo

Tecnologias e práticas de gestão empregadas na mitigação dos impactos da escassez hídrica no agronegócio: estudo de caso no Distrito Federal.
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Palavras Chave

Agronegócio
Crise hídrica
Gestão

Área

Agribusiness

Tema

Inovação e Tecnologia

Autores

Nome
1 - Giovanna Moura de Almeida
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA (UNICEUB) - Taguatinga
2 - maria cristina pegorin
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA (UNICEUB) - Taguatinga

Reumo

Na irrigação é consumida 72% da água disponível para o consumo em todo o mundo. Assim, diante da necessidade de poupar esse recurso é importante que a gestão do agronegócio busque estratégias e tecnologias para produzir utilizando os seus insumos de forma mais eficiente. A relevância da água se relaciona a questões ambientais e sociais, gerenciadas nas esferas pública e privada (ONU, 2016). Neste contexto, a temática desta pesquisa se relaciona às medidas implantadas e discutidas no meio rural do Distrito Federal, a partir a crise hídrica que ocorreu no ano de 2016.
Este artigo aborda a seguinte problemática: Como a escassez hídrica impactou na gestão do agronegócio do DF? O objetivo geral foi “analisar as medidas de mitigação ao impacto da escassez hídrica na gestão do agronegócio no Distrito Federal”. E os objetivos específicos são: a) identificar as estratégias e tecnologias utilizadas na gestão do agronegócio em situações de escassez hídrica; b) discutir as percepções dos atores sociais envolvidos na crise hídrica do DF; c) propor estratégias e tecnologias que auxiliem na tomada de decisão em situações de escassez hídrica no cenário rural do DF.
A crise hídrica é resultado da utilização inadequada somada às mudanças climáticas, refletindo na segurança hídrica e alimentar, entre outros impactos. Destaca-se que a aplicação desenfreada de água está relacionada principalmente com a crescente demanda em atender necessidades agrícolas/comerciais e de saneamento básico (ONU, 2018). Por questões históricas e econômicas, o modelo produtivo agrícola é químico e dependente de grandes volumes de água, o que possibilita danos ambientais e riscos à saúde humana (FERREIRA, et al., 2016).
Pesquisa qualitativa com aplicação de entrevista a 6 pessoas pertencentes a tipos de instituições envolvidas com a situação de crise hídrica ocorrida no Distrito Federal em 2016: gerente na Companhia de Água e Saneamento de DF (CAESB), proprietário de empresa rural, representante de cooperativa de pequenos produtores, gestor na Agência Nacional das Águas (ANA), gestor na Agência de Regulação de Água do DF (ADASA) e professora de gestão ambiental no curso de Agronegócios da Universidade de Brasília. A análise de dados foi feita por meio de metodologia de análise de conteúdo.
Para os produtores o impacto derivado da crise hídrica do DF no ano de 2016 ocorreu principalmente por conta da suspensão das irrigações, criação de períodos autorizados para irrigar e, consequentemente, a mudança no modo de produzir. Algumas estratégias utilizadas pelos produtores após a crise e com o intuito de que a situação não volte a se repetir foram recuperação de nascentes, plantios em planícies e plantios distantes das áreas de preservação permanente, entre outras. Com a criação de períodos de irrigação, o pequeno produtor obteve menor produtividade em sua colheita.
O principal impacto da crise hídrica no DF foi a mudança na forma de atuar, tanto em setores públicos quanto privados, como também a necessidade de trabalhar em conjunto para a efetivação das estratégias e tecnologias propostas. A partir da crise hídrica do Distrito Federal algumas estratégias foram delineadas em fóruns de discussão e comitês para mitigar os impactos gerados, são elas: racionamento, projeto “Produtor de Água”, suspensão de irrigação, plantio de mudas e construção de corredores biológicos, entre outras.
AGÊNCIA REGULADORA DE ÁGUAS, ENERGIA, SANEAMENTO BÁSICO DO DISTRITO FEDERAL(ADASA). Gestão da crise hídrica 2016-2018: Experiências do Distrito Federal. 2018. Disponível em:< http://www.adasa.df.gov.br/images/banners/alta.pdf>. Acesso em: 16 de agosto de 2019. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA). Conjuntura Brasil: Recursos Hídricos. 2018. Disponível em:>. Acesso em: 21 de agosto de 2019. ANDRADE, Arnaldo Rosa de. Planejamento Estratégico. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2016. CARMO, Roberto Luiz do; et al. Água virtual, escassez e gestão: O Brasil como grande