Resumo

Título do Artigo

LIQUIDEZ DE CAIXA E AS RESTRIÇÕES FINANCEIRAS NO DESEMPENHO DE MERCADO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS
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Palavras Chave

Liquidez de Caixa
Restrições Financeiras
Desempenho de Mercado

Área

Finanças

Tema

Estrutura de Capital, Valor e Reestruturações

Autores

Nome
1 - Alice Carolina Ames
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Blumenau
2 - Rodolfo Vieira Nunes
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - FEA/USP
3 - Tarcísio Pedro da Silva
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Professor Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis

Reumo

De acordo com as previsões da Pecking Order Theory, que as organizações preferem lucros retidos sobre dívidas ou novas emissões de ações, o que pode estar atrelado a custos específicos de financiamento, e também, que as vantagens fiscais podem ser um fator que fazem com que a dívida seja uma fonte útil de financiamento apenas em organizações que apresentam baixos níveis de endividamento (Crisóstomo et al., 2013). Assim, espera-se que no Brasil as organizações apresentem menos restrições, pelas características do mercado, e pelas oscilações econômicas.
Faz-se necessário avaliar o desempenho de mercado das organizações, com o intuito de verificar a situação dessas quanto a lucratividade dos investimentos (Wernke & Lembeck, 2004) em que as organizações podem buscar recursos externos para financiamento. O estudo visa atribuir novos insights para as temáticas abordadas, têm como questão de pesquisa: qual influência da liquidez de caixa e das restrições financeiras no desempenho de mercado das empresas brasileiras? Objetiva-se verificar influência da liquidez e das restrições financeiras no desempenho de mercado das empresas brasileiras.
Empresas que possam estar sujeitas as restrições financeiras, podem além de impactar nas escolhas de financiamento e de investimento das organizações, no desempenho dessas no mercado de capitais. Conforme Mohammadi et al. (2018) quando não há um equilíbrio entre a restrição financeira e o montante de investimentos da organização, pode-se verificar problemas na liquidez e aumento nas despesas correntes, sendo de por conta do financiamento ou custo de oportunidade, onde a rentabilidade da organização poderia ser ameaçada.
A população é formada pelas empresas listadas na B3, e a amostra é obtida após exclusão de empresas, além as financeiras, que não possuíam todas as informações para os modelos analisados, totalizando assim 130 empresas. O período de análise correspondeu ao período de 2014 a 2018. Após, foi realizado o cálculo do índice KZ para classificação das organizações quanto ao nível de restrição. Após, foi realizado o cálculo por meio de regressão linear múltipla, com controle de efeitos fixos para ano e setor, por meio do Software Stata.
Vale ressaltar que os resultados encontrados possam ter principalmente características peculiares quanto ao cenário analisado. O aumento nas restrições e na liquidez de caixa das organizações, aumenta o desempenho, mesmo que essas apresentem dificuldade no acesso ao mercado de capitais por estarem passando por restrições. Mas, alavancagem das organizações apresentou relação negativa com o desempenho, fato que pode estar atrelado a ideia de que as organizações optem pelo sub investimento no cenário e a dificuldade em disposição de crédito.
Os resultados apontaram que há uma relação positiva entre as restrições financeiras e a liquidez de caixa das organizações. Este resultado pode estar relacionado a necessidade de as organizações apresentarem liquidez para não perderem oportunidades de investimento. Esses fatores em conjunto, denota-se que apesar de financeiramente restritas, as organizações possam representar de certa forma uma boa opção de investimento por optarem pelo excesso em caixa do que na disponibilidade para novos investimentos.
Crisóstomo, V. L., Iturriaga, F. J. L., & González, E. V. (2014). Financial constraints for investment in Brazil. International Journal of Managerial Finance, 10(1), 73-92. Im, H. J., Park, H., & Zhao, G. (2017). Uncertainty and the value of cash holdings. Economics Letters, 155, 43-48. Lamont, O., Polk, C., & Saaá-Requejo, J. (2001). Financial constraints and stock returns. The review of financial studies, 14(2), 529-554. Morellec, E., Nikolov, B., & Zucchi, F. (2014). Competition, cash holdings, and financing decisions. Swiss Finance Institute Research Paper, no. 13-72.